Notícias do Agronegócio - boletim Nº 65 - 06/01/2014 Voltar

Perfil dos novos líderes do agronegócio exige mais do que conhecimento técnico da produção

As lideranças que atuam em diversos segmentos do agronegócio, em associações, cooperativas e sindicatos, estão passando por uma mudança de perfil que vai além da renovação. O conhecimento passa pela e...((Portal Canal Rural/SP – 03/01/2014))


As lideranças que atuam em diversos segmentos do agronegócio, em associações, cooperativas e sindicatos, estão passando por uma mudança de perfil que vai além da renovação. O conhecimento passa pela economia e a situação política do país, nesse desafio está também à comunicação com a sociedade. O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Luiz Claudio Paranhos, um dos mais jovens da história, conduz a mesa com uma diretoria experiente para traçar os rumos da pecuária zebuína no país. Paranhos tem 45 anos é zootecnista com especialização em gestão do agronegócio. – A gente tenta exercer uma liderança compartilhada. Divido com os nossos diretores todos, todas as ações, todas as decisões são colegiadas. Isso sem dúvida nenhuma é muito complexo – diz. O presidente do Sindicato Rural de Uberlândia, Thiago Fonseca é outro exemplo de mudança de perfil de liderança no agronegócio. – Saiu Paulo Ferola que é ex-prefeito e ex-presidente do Sindicato, de 82 anos, e assumi aos 33 anos o Sindicato. Houve realmente uma mudança e uma quebra de paradigma. Tem aquela desconfiança de vários produtores, e principalmente dos mais antigos. Com o tempo ganhei confiança e hoje estamos em outro ritmo, outra pegada – destaca. As palestras e os debates direcionam e atraem novas lideranças com poder de comandar associações, cooperativas, com o foco na gestão profissional sem perder a força de mobilizar a sociedade. – As cooperativas diferenciadas estão buscando um gerenciamento empresarial focado no crescimento da equipe, tanto técnica como dos cooperados. O que vem dando solidez o crescimento das cooperativas – salienta o Coordenador Núcleo de Gestão de Recursos Humanos no Agronegócio (ReHAgro), Régis Ferreira. As mudanças de perfil das lideranças dentro dos diversos segmentos do agronegócio exigem muito mais do que conhecimento técnico da produção. Passa também por informações do mercado econômico, da situação político-partidária. Um processo que, segundo o sociólogo da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Jeferson Boechat Soares, começou lentamente na década de 90, logo após o controle da inflação no país. Soares é sociólogo da UFV, e acompanha os novos rumos no campo especialmente na mudança de diálogo com a sociedade urbana através das lideranças cada vez mais preparadas. – Nossa forma de comunicação do agronegócio com a sociedade brasileira já existe. Agora é preciso um esforço para que o agronegócio não seja apenas uma atividade econômica cujos membros participantes pensam exclusivamente em rentabilidade, mas estão antenados nas questões absolutamente contemporâneas, como meio ambiente e responsabilidade social. Temos que avançar, mas é um novo perfil de atuação do setor na sociedade – salienta.(Portal Canal Rural/SP – 03/01/2014)((Portal Canal Rural/SP – 03/01/2014))

topo
Dow e ABCZ firmam parceria

A Dow AgroSciences e a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu oficializam parceria para desenvolvimento e disseminação de inovações em melhoramento genético animal e tecnologia de pastagens. A AB...((Revista AG do Criador/RS – Dezembro. 13 – pg 98))


A Dow AgroSciences e a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu oficializam parceria para desenvolvimento e disseminação de inovações em melhoramento genético animal e tecnologia de pastagens. A ABCZ repassará aos associados conhecimentos sobre a recuperação e o aumento da produtividade das pastagens, fator diretamente ligado à nutrição. (Revista AG do Criador/RS – Dezembro. 13 – pg 98)((Revista AG do Criador/RS – Dezembro. 13 – pg 98))

topo
Eventos movimentam 2014

Diversos eventos vão movimentar o setor agropecuário neste ano de 2014, tanto em Mato Grosso, como nas demais regiões do país. Um dos mais importantes é a Feicorte, que corria o risco de não ser mais ...((Jornal A Gazeta/MT – 06/01/2014))


Diversos eventos vão movimentar o setor agropecuário neste ano de 2014, tanto em Mato Grosso, como nas demais regiões do país. Um dos mais importantes é a Feicorte, que corria o risco de não ser mais realizada. Porém, foi recuperando o nome ExpoCorte, utilizado até 1999, e o evento terá continuidade, acontecendo entre os dias 24 e 26 de junho, em São Paulo. Em função disso, o Circuito Feicorte também será mantido e passa a se chamar Circuito ExpoCorte. Todas essas mudanças aconteceram em função do encerramento do período de concessão da administração do Pavilhão do Centro de Exposições Imigrantes e com o fim do Agrocentro, consórcio detentor da marca Feicorte. A solução de continuidade foi a mudança do nome e a condução do evento, que passa a ser feita pela gerente de agronegócios, Carla Tuccilio. Ela comandará a produção integral da Expo- Corte e do Circuito ExpoCorte, iniciativa de eventos itinerantes pelo Brasil que terá sua terceira edição em 2014. O Circuito ExpoCorte deve ser realizado em cinco etapas, passando pelas cidades de Cuiabá (MT), em março; Palmas (TO), em abril; Campo Grande (MS), em julho; Ji-Paraná (RO), em setembro; e Uberlândia (MG), em novembro. De acordo com Carla Tuccilio, não seria justo deixar acabar um evento que se consolidou ao longo dos anos como o principal palco de discussões e difusão de tecnologia da pecuária e o Circuito que possibilitou levar todo esse conteúdo para onde o pecuarista está em importantes polos de produção pelo país. Dessa forma, será dado continuidade com os nomes ExpoCorte e Circuito ExpoCorte, mantendo o mesmo compromisso de reunir informações, discussões e tecnologias para fomentar sempre mais o setor. A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) já participa há 3 anos da Feicorte. “No ano passado reunimos 1.500 pecuaristas em dois dias de palestras, debates e exposições. Para 2014, a feira passa a se chamar ExpoCorte, mas continuará tendo a mesma proposta, percorrendo os principais estados produtores do país para disseminar tecnologias e tendências do setor”, projeta Luciano Vacari, superintendente da Acrimat. O representante da Acrimat diz ainda que para este ano a entidade vai continuar com a realização dos importantes eventos para o setor: “Acrimat em Ação”, “Workshop da Pecuária de Corte”, “Qualit” e “Na Medida”, realizadas em todas as regiões do Estado e cada um com objetivos próprios. Já a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), de acordo o presidente da entidade, Paulo Cezár Lucion, deve realizar novamente os eventos que foram sucesso em 2013, como a Semana Nacional da Carne Suína, que tem como objetivo divulgar a carne suína e aumentar seu consumo no Estado. Durante esta semana, são realizadas ações em supermercados, açougues, lojas e instituições de ensino do Estado, com degustações e palestras voltadas a esclarecer o público sobre o atual padrão da carne produzida em Mato Grosso. Outro evento que também deve ser repetido em 2014 é a Gincana “O melhor da carne suína mato-grossense”, organizado pela Acrismat, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial de Mato Grosso (Senac-MT), durante a Expoagro, premia chefs que criam receitas utilizando a carne suína como base. No interior do Estado, novamente vai se repetir o Encontro de Suinocultores, que no ano passado foi realizado em Sorriso pela Acrismat. O evento, que ocorre anualmente, recebeu mais de 150 produtores da região que trocaram conhecimentos estratégicos da suinocultura, a fim de aprimorar a atuação do produtor. O evento “Carne Suína na Escola” também deve continuar, já que a ação, realizada pela Acrismat, tem como objetivo incentivar o consumo da carne suína, levando em consideração seus benefícios nutricionais e o custo acessível em relação a outros produtos. No ano passado, através do Projeto Piloto de Inserção da Carne Suína na Merenda Escolar, a Escola Municipal Dom Aquino, na cidade de Tapurah, recebeu em outubro um teste de aceitabilidade da carne suína na merenda escolar. Por fim, também deve se repetir o Fórum de Discussões da Suinocultura do Centro-Oeste, que tem como o objetivo debater questões primordiais para o setor, como política sanitária, meio ambiente, logística e mercado. A 1ª edição do Fórum de Discussões da Suinocultura do Centro- Oeste foi realizado com produtores da suinocultura de Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. A Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), de acordo com Francisco Neto, diretor da entidade, tem como grande novidade para 2014 um novo formato do evento que era conhecido como Dia de Campo, que passará a ser Fundação MT em Campo. O evento acontecerá em seis principais regiões produtoras de Mato Grosso: Campo Novo, Nova Mutum, Sorriso, Rondonópolis, Primavera do Leste e Querência. Em duas cidades ( Nova Mutum e Rondonópolis), a Fundação MT abrirá as portas das suas estações de pesquisa onde tem com diversos ensaios para apresentar ao público. “Serão dois verdadeiros dias de campo, onde a classe produtora terá acesso aos experimentos montados, às informações coletadas em safras anteriores e ainda poderão sugerir novos protocolos. É a chance de ter informações em tempo real, in locco, de maneira prática e didática, vendo no campo a reação da planta à cada manejo diferente”, explica o diretor. Já a dinâmica nas outras cidades será diferente. O evento será em local fechado para debate. Equipe de pesquisadores da Fundação MT, de diferentes especialidades, passarão dois dias inteiros visitando áreas ao redor da cidade sede para ter a maior quantidade de informações sobre a realidade da safra. Com esse raio-x em tempo real, estes pesquisadores participarão de uma grande mesa redonda, ao final do 2º dia, para discutir os principais gargalos e as possíveis soluções. Este formato possibilitará uma melhor interação entre pesquisadores e a classe produtiva e maior regionalização de problemas X soluções. No setor da piscicultura, também é esperada a repetição dos principais eventos que foram sucesso no ano passado. O presidente da Associação Mato-grossense de Aquicultura (Aquamat), Jules Ignacio, diz que será dado continuidade, por exemplo, a Feira Nacional de Peixes Nativos. “Tivemos inúmeras palestras que foram organizadas pela Aquamat e oferecidas de forma gratuita aos nossos associados. Além das visitas técnicas, onde os produtores mais estruturados abrem suas portas para receber os associados que querem conhecer como funciona sua propriedade bem como as tecnologias por ele empregada. A parceria entre Sebrae e Aquamat contou com mais um ano de sucesso. Além da criação de novos cursos voltados para o produtor iniciante, o Sebrae realizou a Feira Nacional de Peixes Nativos que colocou Cuiabá definitivamente no calendário de Feiras para piscicultura”, comemora Jules Ignácio. (Jornal A Gazeta/MT – 06/01/2014)((Jornal A Gazeta/MT – 06/01/2014))

topo
Nova alternativa para o milho

Com safra recorde de milho no Brasil e preços em baixa, a produção de biocombustível a partir do grão poderá ser alternativa para otimizar o excedente e abrir novos mercados. No país, a última safra c...((Jornal Correio do Povo/RS – 06/01/2014))


Com safra recorde de milho no Brasil e preços em baixa, a produção de biocombustível a partir do grão poderá ser alternativa para otimizar o excedente e abrir novos mercados. No país, a última safra chegou a 81 milhões de toneladas, e a maior parte saiu do Mato Grosso — foram 19,8 milhões de toneladas. Contudo, o aumento de área e de produção vem derrubando os preços no Centro-Oeste devido à longa distância entre a produção e os principais centros de consumo e dos portos de exportação. Dessa forma, a opção que se desenha mais viável é a produção do etanol de milho junto com o de cana-de-açúcar, numa espécie de planta flex. Recentemente, o preço da saca de milho chegou a R$ 10 no país. A Federação da Agricultura do Mato Grosso (Famato) incentiva a produção do biocombustível de milho. “Para nós é uma grande solução, porque agrega valor e diminui a pressão sobre o frete”, afirma o presidente da Famato, Rui Prado. Atualmente, duas usinas de cana-de-açúcar — Usimat, em Campos de Júlio, e Libra Etanol, em São José do Rio Claro – estão adaptadas para processar o grão. Outras já estudam a conversão. Embora seja uma realidade no Mato Grosso, o governo federal ainda não acena com uma política de incentivo à produção. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, reconhece que a demanda por parte dos produtores existe, mas disse que não há posição sobre o tema neste momento. No caso do RS, cuja safra 2012/2013 foi de 5,3 milhões de toneladas, a produção é voltada principalmente para fazer ração para aves e suínos. “A vocação do Estado é a produção de alimentos”, afirma o diretor técnico da Cooplantio, Dirceu Gassen. Para ele, a produção no Cerrado é mais viável, pois há mão de obra especializada e o cereal em abundância. Gassen entende que a produção estaria ligada à estabilidade gerada pelo governo. O economista-chefe da Federação da Agricultura do RS (Farsul), Antônio da Luz, destaca que a raiz do problema não parece ser a oferta de milho, mas o elevado custo logístico. Para ele, a alternativa não se configura como meio para driblar o baixo preço, mas acredita que a opção não deve ser desconsiderada. “Não vejo como saída para o preço”, pondera, lembrando serem importantes investimentos em portos e hidrovias para escoar a produção. (Jornal Correio do Povo/RS – 06/01/2014)((Jornal Correio do Povo/RS – 06/01/2014))

topo
BNDES volta a favorecer grupo Marfrig

Em meio às celebrações da virada do ano, o BNDES selou um acordo para, mais uma vez, favorecer o grupo Marfrig, um dos "campeões nacionais" do governo Lula.Com uma dívida de quase R$ 6,7 bilhões e val...((Jornal Folha de São Paulo/SP – 05/01/2014))


Em meio às celebrações da virada do ano, o BNDES selou um acordo para, mais uma vez, favorecer o grupo Marfrig, um dos "campeões nacionais" do governo Lula.Com uma dívida de quase R$ 6,7 bilhões e valendo R$ 2,1 bilhões na Bolsa, o Marfrig está numa situação financeira muito delicada. O banco estatal aceitou adiar em um ano e meio o vencimento de uma debênture (título de dívida) de R$ 2,15 bilhões do Marfrig --de junho de 2015 para janeiro de 2017. O frigorífico também terá seis meses a mais para pagar R$ 130 milhões em juros dessa dívida, que venciam em junho deste ano. O BNDES concordou ainda em manter um dos pontos mais polêmicos da operação: a conversão das debêntures em ações, a um preço muito acima do mercado. O BNDESPar, braço de participação do BNDES em empresas, se comprometeu a pagar em 2017 a quantia de R$ 21,50 por ação do Marfrig. O valor é um pouco inferior aos R$ 24,50 acertado no primeiro contrato dessas debêntures, selado em junho de 2010, mas está muito acima do preço em Bolsa. Na sexta-feira, as ações do Marfrig fecharam a R$ 3,96. O acordo deve garantir algum fôlego financeiro ao frigorífico, que cresceu com a ajuda estatal, comprando concorrentes no exterior, e hoje não consegue administrar suas dívidas e é castigado pelos investidores. De acordo com comunicado divulgado na sexta-feira, a operação com o BNDES vai permitir ao Marfrig obter um caixa positivo de R$ 100 milhões neste ano. Sem essa ajuda, "queimaria" mais R$ 150 milhões de caixa. PÉSSIMO NEGÓCIO - O BNDES, por sua vez, tenta postergar um péssimo negócio. Se as debêntures fossem convertidas hoje em ações, o banco pagaria R$ 2,15 bilhões por uma fatia do Marfrig que vale atualmente menos de R$ 400 milhões na Bolsa --um prejuízo de 81,4%. No final de 2012, o BNDES teve a oportunidade de converter, a preços de mercado, todas as debêntures (que chegavam a R$ 2,5 bilhões) e se tornar dono do Marfrig. Na época, as ações valiam R$ 8. No contrato entre o frigorífico e o banco estatal, estava prevista essa prerrogativa se a empresa realizasse um aumento de capital. O BNDES, no entanto, optou por converter apenas R$ 350 milhões, o que gerou pesadas críticas. O banco argumentou que foi uma exigência do Marfrig para fazer o aumento de capital. O frigorífico, que já enfrentava problemas, levantou R$ 2,3 bilhões no mercado e ganhou uma sobrevida. Em meados de 2013, o grupo repassou a Seara ao concorrente JBS, que assumiu R$ 5,85 bilhões em dívidas. Por questões cambiais e outros débitos, o endividamento líquido da empresa, no entanto, caiu apenas R$ 3,168 bilhões e continua altíssimo. O Marfrig é um dos principais problemas da BNDESPar, que, entre compra direta de ações e debêntures, já investiu R$ 3,5 bilhões na empresa e é o segundo maior acionista, com 19,6%. O BNDES não comenta a operação, e o Marfrig afirmou que vai se pronunciar apenas amanhã. (Jornal Folha de São Paulo/SP – 05/01/2014)((Jornal Folha de São Paulo/SP – 05/01/2014))

topo
Múltis nacionais não têm marca forte

O ator Tony Ramos invadiu os lares brasileiros no ano passado como principal protagonista do grupo JBS. O ator fez o que nenhuma companhia do setor no País tinha feito até então: dar nome aos bois, na...((Jornal O Estado de São Paulo/SP – 06/01/2014))


O ator Tony Ramos invadiu os lares brasileiros no ano passado como principal protagonista do grupo JBS. O ator fez o que nenhuma companhia do setor no País tinha feito até então: dar nome aos bois, na tentativa de virar sinônimo de carne bovina. Embora o JBS esteja entre as maiores multinacionais brasileiras - é o maior frigorífico do mundo -, a companhia não tem uma grande marca internacional. E não é a única. O País é a sétima maior economia global, mas apenas oito multinacionais verde-amarelas estão na Global Fortune 500, classificação das 500 maiores corporações globais em receita, publicada pela revista Fortune. Nenhuma marca nacional está representada entre as mais valiosas do mundo. "Temos planos para criar uma marca internacional", diz Wesley Batista, presidente do JBS. Além do Friboi, nome divulgado exaustivamente no mercado interno, a companhia poderá apostar na marca Swift no exterior, afirma Batista. A internacionalização é considerada um caminho sem volta para muitos grupos nacionais. Mas um estudo da Accenture, consultoria de gestão e negócios, obtido com exclusividade pelo Estado, mostra que as companhias nacionais são menos agressivas do que outros integrantes do Brics, que incluem Rússia, Índia, China e África do Sul, em relação à expansão além das fronteiras nacionais. Casos como o do JBS, AB InBev, Gerdau, Embraer e Vale são bem-sucedidos, mas o avanço de empresas brasileiras no cenário global está limitado a um número relativamente pequeno de companhias e setores, como mineração e agronegócios, por exemplo. Como comercializam commodities, marca não é o forte do negócio. Levantamento da Accenture mostra que o número de projetos construídos do zero por grupos nacionais em mercados estrangeiros na última década foi o mais baixo entre as economias do Brics. Desde 2003, empresas russas investiram em mais de 1,3 mil projetos no exterior; grupos chineses, cerca de 2,3 mil e indianas em mais de 2,5 mil. Enquanto isso, as empresas brasileiras investiram em pouco mais de 500 projetos desse tipo em outros países. Marca global. Para Armen Ovanessoff, coordenador da pesquisa para mercados emergentes da Accenture, é importante que os grupos brasileiros trabalhem sua marca fora do País. A AB InBev hoje é uma das únicas que compete de igual para igual com gigantes globais, como Unilever e Procter & Gamble (PG), que exploram melhor suas marcas e produtos pelo mundo. "A AB InBev (que tem como seus fundadores o trio Jorge Paulo Lehman, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, que também são donos da Heinz e Burger King) é um exemplo de operação forte no mundo", diz. A companhia cresce por meio de fusões e aquisições globais estratégicas e coleciona no caminho amplo portfólio de marcas e produtos que já atendem a uma variedade de gostos e preferências ao redor do mundo. A criação de uma marca global é um desafio grande para multinacionais de qualquer origem. No caso do JBS, o investimento em campanha de marketing no Brasil para fortalecer o nome Friboi custou R$ 150 milhões ao grupo - valor total da campanha de marketing da companhia em 2013. Neste ano, os investimentos deverão ser, no mínimo, iguais aos de 2013. Com mais de dois terços de sua receita provenientes do exterior, a companhia brasileira construiu em menos de dez anos um império das carnes. "Não foram só as aquisições, construímos credibilidade", diz Batista. O processo de internacionalização do grupo começou em 2005, com a compra da Swift, na Argentina, e desde então não parou mais. Em 2012, o JBS teve receita líquida de R$ 75,7 bilhões, dos quais cerca de R$ 56 bilhões são de negócios fora do Brasil, sobretudo dos EUA, onde processa carne bovina, suína, frango e ovina. "A marca é muito importante no estabelecimento de uma base de operações em novos mercados", diz Ovanessoff. "Quando as pessoas pensam em marcas, pensam em produtos voltados para o consumo, como a Coca- Cola. Nesse contexto, bancos e cervejas brasileiras estão bem. Se olharmos para as dez melhores marcas da América Latina, quase metade é do Brasil, composta por bancos, cervejas e Petrobrás. Mas se olharmos para o top 50 da região, a representação de marcas nacionais cai para um quarto (dados da Millward Brown, empresa global de pesquisas de propaganda). No ranking mundial os grupos brasileiros têm ainda muito trabalho a fazer." Contradição. As empresas brasileiras são confiantes em relação aos seus planos de expansão global. Mas apenas uma pequena parte acredita ter a capacidade operacional necessária para executar sua estratégia de globalização, segundo a Accenture. "Outro desafio é respeitar o consumidor local. Muitas empresas acabam tendo seus planos de expansão frustrados se não conhecem o mercado para onde vão", diz Ovanessoff. Mas esse não é o caso da Netshoes, que foi apontada pela Accenture como um caso bem-sucedido de respeito ao mercado local. "Não temos complexo de vira-lata", diz Márcio Kumrian, presidente da maior loja virtuais de artigos esportivos da América Latina. A empresa tem planos ambiciosos fora do Brasil. Com presença na Argentina e no México, a companhia fez um estudo para entender esses dois mercados, diz Kumrian, presidente e fundador do grupo. "Nosso objetivo foi nos adaptar ao ambiente local." A companhia, fundada em 2000 com uma loja física - a virtual foi lançada dois anos depois - encerrou 2012 com faturamento de R$ 1,1 bilhão. A empresa, desde 2007, opera só com vendas virtuais e é considerada uma das maiores empresas globais de e-commerce de artigos esportivos, de acordo com a publicação Internet Retailer. "As empresas brasileiras têm boas razões para se sentirem confiantes, mas também precisam investir em inovação", afirma Ovanessoff. "A dinâmica do mercado global mudou nos últimos anos. E o Brasil tem se beneficiado. Mas para ser bem-sucedido fora de suas fronteiras, não basta tecnologia da informação (TI) e pessoas. Uma das maiores dificuldades é equilibrar a cultura global com a local." .(Jornal O Estado de São Paulo/SP – 06/01/2014)((Jornal O Estado de São Paulo/SP – 06/01/2014))

topo
Nutreco ajusta estratégia e prevê forte avanço no país

Depois de amargar queda nas vendas de ração para bovinos no ano passado, a Nutreco Brasil, braço da multinacional holandesa de nutrição animal no país, inicia 2014 sob nova direção e com metas de cres...((Jornal Folha São Paulo/SP – 06/01/2014))


Depois de amargar queda nas vendas de ração para bovinos no ano passado, a Nutreco Brasil, braço da multinacional holandesa de nutrição animal no país, inicia 2014 sob nova direção e com metas de crescimento ambiciosas. Aposentado há cerca de três anos, o veterinário Luciano Roppa aceitou o convite do grupo e assumiu, no dia 1º, o comando da subsidiária brasileira com a meta de triplicar seu faturamento até 2018. Em 2012, as vendas somaram R$ 270 milhões. O executivo estima que a Nutreco chegará a R$ 340 milhões já neste ano. Para triplicar o faturamento em cinco anos, a Nutreco deverá retomar aquisições e investir na construção de novas fábricas, afirmou Roppa ao Valor. A chegada do executivo e os investimentos na ampliação da capacidade de produção representam a terceira etapa da Nutreco no país. Uma das cinco maiores empresas de nutrição animal do mundo - com faturamento anual de quase € 4 bilhões, presença em 30 países e 80 fábricas -, a companhia chegou ao Brasil em 2009, com a aquisição de 51% do capital da Fri-Ribe, especializada em rações para peixes criados em cativeiro, equinos e bovinos. Dois anos depois, naquela que seria a segunda etapa da expansão da companhia no país, a Nutreco elevou sua participação na Fri-Ribe para 97% e adquiriu a paulista Belmann, empresa de ração com foco no mercado de bovinos. Com isso, a Nutreco conta hoje com sete fábricas no Brasil. Segundo Roppa, essas unidades têm capacidade para produzir 210 mil toneladas por ano - 120 mil de sal mineral voltados para o mercado de bovinos e 90 mil para o segmento de aquicultura. Trata-se de um produção ainda acanhada se comparada ao tamanho do ainda pulverizado mercado brasileiro de rações. De janeiro a setembro de 2013, as indústrias instaladas no país produziram cerca de 6 milhões de toneladas da ração para bovinos e 550 mil de ração para peixes, de acordo com a última estimativa do Sindirações. Nesta terceira fase de expansão, a Nutreco pretende ingressar na produção de ração para aves e suínos, segundo Roppa. "Claramente, faltam suínos e aves no nosso portfólio", afirmou. Juntos, os dois segmentos respondem por cerca de 60% da produção nacional de ração. Apesar da disposição para o crescimento orgânico, a Nutreco dará prioridade às aquisições. "Por um preço razoável, a compra sempre é mais interessante porque você ganha tempo e mercado. Quando você constrói uma fábrica, leva um ano na construção e mais um ano para ganhar mercado", afirmou Roppa. Nesse contexto, as aquisições nas áreas de aves e suínos são estratégicas, uma vez que os dois segmentos apresentam tendência de estabilidade na produção, tornando mais difícil abocanhar mercados a partir de uma nova unidade. As primeiras aquisições, no entanto, podem levar tempo. Ainda que não descarte que algum negócio aconteça neste ano, Roppa ressalta que poderá levar até um ano e meio para elaborar o plano de crescimento e prospectar aquisições. Segundo Roppa, a múlti holandesa não definiu um montante a ser gasto com as aquisições, mas isso não deverá ser um entrave devido à importação do Brasil na estratégia global da companhia. "Eles elegeram três áreas prioritárias: China, Rússia e Brasil. O grupo está enfrentando dificuldades na China devido à cultura e legislação, enquanto que o Brasil tem se mostrado mais aberto", afirmou ele. (Jornal Folha São Paulo/SP – 06/01/2014)((Jornal Folha São Paulo/SP – 06/01/2014))

topo
A carne que marca

No final de novembro participei do Workshop Beefpoint Marcas de Carne em São Paulo. Esta é a segunda edição do evento e os organizadores o tomaram um encontro de dois dias em função do grande interess...((Revista AG do Criador/RS – Dezembro. 13 – pg 94/95))


No final de novembro participei do Workshop Beefpoint Marcas de Carne em São Paulo. Esta é a segunda edição do evento e os organizadores o tomaram um encontro de dois dias em função do grande interesse no tema. Na plateia e no microfone estavam produtores, frigoríficos, restaurantes, butiques de carne e supermercados. Trago aqui algumas informações recebidas no evento e reflexões do visto e ouvido. O tema Marca de Carne faz pouco era novidade, depois passou ao status de moda e parece que chega a um momento de consolidação. Em 2010, a cidade de São Paulo possuía dez butiques de carne e chegou em 2013 com aproximadamente 50 lojas deste perfil. Fenômeno de similar proporção ocorreu para as marcas de carnes bovinas, tendo 10 marcas disponíveis em 2010 e batendo 60, atualmente. E aqui estamos nos detendo as marcas denominadas "premium", ou seja, a linha superior, destinada ao churrasco, à alta gastronomia e ao mundo gourmet. Ao usar estas expressões, percebo também que a carne de marca entra no mesmo barco que o vinho e a cerveja e que logo teremos os somelliers do passado... No workshop, fui apresentado a termos novos como "carne com pouca personalidade", "mundo marmorizado", "pitmaster" e outros que logo estarão em nossas rodas de conversa. Que categoria! O segmento de Marcas de Carne está em alto crescimento e transformação. A carne de qualidade era importada por São Paulo da Argentina, do Uruguai e do Rio Grande do Sul. Este fato mudou e, hoje, SP produz carne similar ou superior. A dependência do produto importado está quase superada e em pouco tempo (menos de 10 anos) as marcas nacionais estão atingindo posição de igualdade na preferência dos restaurantes e consumidores. Algumas reflexões sobre este ramo foram apresentadas e merecem ser compartilhadas: Custo de produção: tentamos ao máximo produzir carne com alto marmoreio (padrão Prime) sem a possibilidade de uso de tecnologias que reduzam custos (implantes, promotores de crescimento, aditivos, etc). Os países dedicados a produzir esta carne (EUA e Austrália) usam deste ferramental tecnológico e ainda têm acesso a mercados internacionais que valorizam este produto. Não é o nosso caso; Marmoreio: estamos sobrevalorizando cortes altamente marmorizados (e consequentemente com alta camada e % de gordura) e assim pulando do produto carne de baixa qualidade (no quesito maciez) para o produto gourmet e alta gastronomia. Não estamos dedicados em produzir marcas que garantam melhor qualidade e consistência em maciez com menor custo (menos gordura); Final de semana: a maioria das marcas está focada em atender as expectativas do cliente do final de semana (cortes para churrasco) e esta situação leva a baixo aproveitamento da totalidade da carcaça. A honrosa exceção apresentada foi da rede Pão de Açúcar e sua linha Taeq (carne de qualidade para os dias úteis); Inteiros versus Castrados: a discussão do uso de animais inteiros em marcas de carne de qualidade sempre é tema presente. É ponto pacífico que animais inteiros produzem carne de menor qualidade, porém, este é o grande volume de matéria-prima no Brasil. Foram apresentados dados do frigorífico JBS do grande crescimento percentual do abate de machos inteiros em suas plantas no País nos últimos anos. Pode-se produzir carne diferenciada com animais super jovens inteiros (dente de leite), entretanto, critica-se a mistura deste produto com a carne de animais castrados sob a mesma arca. Não há como se esperar consis.ência e padrão em maciez e sabor de um produto que hora é de gado inteiro e ora é de gado castrado, pode ser 100% Britânico ou 50% Zebuíno. Na área de coordenação de produção do "pasto ao prato" ainda temos grandes diferenças nas marcas do Brasil. Os trabalhos da Consultoria Beef & Veal (atendendo várias marcas) e da linha Swift Black (JBS) parecem ser os com maior nível de integração dos terminadores com o produto final. Nestas produções o gado não é captado (ou "pescado" como dizem) na linha de abate, mas sim é preparado desde a entrada nos confinamentos (idade, tipo de cruzamento, tipo de dieta, etc). No Paraná, as marcas da Cooperaliança novilho Precoce e Aliança Angus Premium) estão também sob um trabalho de alta organização e coordenação da produção de animais com a demanda do mercado. Esta marca não participou desta edição do workshop. Na área dos restaurantes foi possível conhecer cases de três sucessos deste segmento: Rubayat, Pobre Juan e Fazenda Barbanegra. A mensagem clara captada destas apresentações é que a carne é um grande limitador para o sucesso e a ampliação destes empreendimentos. No Rubayat, o case mais antigo apresentado, foi grifada a importância do tripé Produto Serviço Atmosfera. Para ter o produto que atendia ao padrão do cliente Rubayat, a empresa dedicouse a produzir Brangus no Mato Grosso do Sul desde 1988 e assim garantir suprimento de parte de seu produto. No Pobre Juan, o restaurante tem um grande envolvimento na produção de carne para oferecer aos clientes somente produto de animais Britânicos ou % Britânicos (principalmente influência Angus e Hereford). Somente o gado considerado próprio (de fornecedores vinculados) supera os 5 mil abates anuais. Fazenda Barbanegra apresentou as dificuldades em receber continuamente carne dentro dos padrões buscados em seu histórico de seis anos. Esta situação somente chegou a um estágio mais confortável quando a empresa tomou-se o 10 Restaurante Licenciado Carne Angus. Em resumo: para um restaurante não é tarefa fácil ter carne de primeira qualidade todos os dias. Apesar dos ares de especiaria, as marcas de carne não são exclusividade dos empreendimentos de menor porte. Os dois maiores frigorificos do país estão inseridos neste contexto. O JBS Friboi produz a marca Swift Black, com 100% de gado próprio: raças britânicas, castrados, de dois anos e "importados" do Rio Grande do Sul para um confinamento da empresa em São Paulo. É uma linha que vem tomando volume e já processa mais de 25 mil novilhos por ano. No Marfrig, as marcas Bassi e Angus são as posicionadas como superiores e, mais recentemente, a marca Bassi Wagyu vem inovando e abrindo um mercado desconhecido no País. A Carne Angus e o Programa Carne Angus têm uma relevância muito grande neste processo todo. Foi apresentado no evento o relato dos dez anos deste programa de sucesso no Brasil, e um dos trabalhos que mudou o perfil de parte de nossa pecuária. A maioria das marcas de carne usa somente Angus ou seus cruzamentos, pois identificam nesta genética a contribuição para qualidade. O marketing internacional feito por muitos anos por Estados Unidos, Austrália e Argentina posicionou este produto na prateleira de cima do mercado e das mentes dos consumidores. Saímos todos animados deste evento, pois percebemos que é muito grande o mercado para carne diferenciada no Brasil, que já temos produto que agrada e atende às expectativas dos consumidores mais exigentes e dos mais finos restaurantes e que estamos recém-começando esta caminhada. O mercado internacional ainda está inexplorado pelo País neste segmento e será um novo capítulo desta história de Marcas de Carne. (Revista AG do Criador/RS – Dezembro. 13 – pg 94/95)((Revista AG do Criador/RS – Dezembro. 13 – pg 94/95))

topo
Temos de colocar em xeque as novas barreiras comerciais

Quatro de cada cinco barreiras comerciais criadas no mundo desde o início da crise mundial, em 2008, jamais foram retiradas, apesar de governos terem prometido que as medidas eram apenas temporárias e...((Jornal O Estado de São Paulo/SP – 04/01/2014))


Quatro de cada cinco barreiras comerciais criadas no mundo desde o início da crise mundial, em 2008, jamais foram retiradas, apesar de governos terem prometido que as medidas eram apenas temporárias e que atendiam a um momento de recessão. A informação é do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o brasileiro Roberto Azevêdo, que deixa claro que um de seus objetivos para 2014 será o de lidar com o protecionismo. Nos últimos dias antes do Natal, a União Europeia abriu um contencioso contra medidas protecionistas brasileiras criadas nos últimos anos. Por meses, enquanto foi embaixador do Brasil, coube a Azevêdo defender essas medidas, cada vez que era questionado pelos demais governos na OMC. Hoje, ele garante que a disputa não causa uma saia justa e diz que a função de defender o Brasil não é mais dele, e sim de seu sucessor no cargo de embaixador, Marcos Galvão. Azevêdo, que em dezembro conseguiu fechar o primeiro acordo comercial da OMC em 20 anos em Bali, também deixou claro que o mandato da Rodada Doha - negociações comerciais para reduzir as barreiras comerciais em todo o mundo - terá de ser revisto e que esse processo de "calibragem" ocorrerá durante o ano. Em entrevista ao Estado, o brasileiro insistiu que a OMC precisa se atualizar para atender aos desafios do século XXI. "O que precisamos é atualizar as negociações para contemplar os desafios como eles se apresentam hoje", disse. A seguir, os principais trechos da entrevista: Alguns exportadores brasileiros acham que os resultados do acordo de Bali são pequenos e que não têm um impacto real nas vendas do País. O que o Brasil ganha com Bali? Na área industrial o apoio dos empresários foi inequívoco. Também conversei com vários atores e segmentos da área agrícola. Eles acharam os resultados importantes. Primeiro porque têm um significado econômico, ainda que não sejam tão expressivos quanto o desejado. Mas era o possível neste momento. O mais importante é que Bali também abre as portas para negociações agrícolas mais abrangentes. Se não tivéssemos Bali, não teríamos negociações. Acabou e ponto. Agora, é uma perspectiva concreta e real de negociações agrícolas que se abre. O Brasil terá de se adaptar ao que se acordou em termos de facilitação de comércio em Bali? As práticas brasileiras não devem sofrer alterações muito profundas. Assim mesmo, a indústria brasileira apoiou com grande ânimo e disposição as negociações. O próprio governo foi um participante ativo, pedindo modificações nas disciplinas multilaterais e avanços na harmonização de procedimentos. Não posso entender de outra forma que não seja que tanto governo quanto indústria - e aí incluo a indústria agroalimentar - tinham interesses importantes nas negociações e estão satisfeitos com os resultados. Qual impacto que o acordo de Bali pode ter na Rodada Doha e na OMC como instituição? Bali tem dois impactos. Temos o impacto substantivo, porque os resultados são significativos, têm uma relevância econômica importante. Temos também o impacto emocional porque dá uma injeção de ânimo e confiança nos negociadores em Genebra, que passam a acreditar que a OMC é um foro negociador viável. Em 2001, quando a Rodada Doha foi lançada, a previsão é de que estaria concluída em 2005. A meta era ambiciosa demais? Seria uma ambição que não tem hoje como ser atendida? O mandato de Doha na verdade é flexível e não demanda necessariamente resultados em todas as áreas de negociação. Era um mandato para se negociar. A ambição e a profundidade dos entendimentos são determinados ao longo das próprias negociações. O que precisamos é saber calibrar essas negociações. Ir mais longe onde possível e ser mais moderado quando preciso. Alguns dizem que talvez o mandato não responderia mais aos desafios dos século XXI. Qual a avaliação do sr. sobre isso? A agenda do século XXI é tão diferente assim? O mandato é em si flexível e a agenda do século XXI é, ao menos em parte, uma extensão da agenda do século XX. Mas o que precisamos é de uma atualização do que está sobre a mesa. Temas como produtos industriais, propriedade intelectual, agricultura e serviços continuam sendo relevantes no século XXI e era parte da agenda do século XX. O que precisamos é atualizar as negociações para contemplar os desafios como eles se apresentam hoje. Quais são esses desafios? Varia de área para área. Na agricultura, quais seriam? Nas negociações que começamos em 2001 os programas (de subsídios) dos países desenvolvidos eram uns e hoje são outros completamente diferentes. Então, até o que vinha sendo negociado precisa ser atualizado para lidar com os programas atuais. É apenas um exemplo. As sensibilidades em acesso a mercados também não são necessariamente as mesmas. Como o sr. vê o comércio mundial em 2014? O comércio mundial avança numa direção positiva mas de forma lenta e gradual. Em 2014, vamos continuar abaixo das médias históricas. Mas já será melhor que em 2013. Não deve haver mudança expressiva entre 2013 e 2014. A previsão de expansão do comércio em 2014 é de 4,5%. Mas nossa preocupação é que medidas restritivas continuam sendo colocadas em vigor - lentamente e sem mudanças drásticas. Temos que colocar essa tendência mundial em xeque. Por isso mesmo precisamos atualizar as disciplinas da OMC. As barreiras que foram colocadas há cinco anos quando a crise começou foram retiradas? Desde outubro de 2008, somente 20% das medidas que foram colocadas em vigor foram eliminadas. 80% delas continuam em vigor. É um número muito alto. Qual o impacto das barreiras? As medidas novas afetam por volta de 1% do comercio mundial de bens. A disputa aberta pela União Europeia contra barreiras comerciais brasileiras é um tema que o sr. defendeu quando era ainda embaixador do Brasil. Isso cria algum tipo de saia justa para seu trabalho em 2014? De forma alguma. Essa é agora uma atribuição de meu substituto na Missão do Brasil, o Embaixador Marcos Galvão. A disputa ameaça afetar o bom clima criado em Bali? É apenas mais uma diferença entre membros, o que faz parte do dia a dia da Organização. Consultas e litígios têm precisamente a função de despolitizar os atritos comerciais, dando um tratamento estritamente técnico e jurídico. Não afeta a vertente negociadora. Todos viram o sr. emocionado ao final da reunião de Bali. Qual foi o motivo? A situação em si já era muito emocionante. Mas ali eu decidi agradecer minha esposa (embaixadora Maria Nazareth Farani Azevêdo) pelo apoio dela e os aplausos foram muito enfáticos. Ela é uma referência em Genebra, conhecida pelas delegações aqui. Ela se emocionou e eu fui junto. Quase não termino o discurso. O mandato do sr. sai fortalecido com o acordo de Bali? A instituição como um todo sai fortalecida. (Jornal O Estado de São Paulo/SP – 04/01/2014)((Jornal O Estado de São Paulo/SP – 04/01/2014))

topo
Ano da agricultura familiar

O ano inicia com grandes perspectivas para os pequenos produtores. A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2014 como Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF 2014). O objetivo é sensibil...((Jornal A Gazeta/MT – 06/01/2014))


O ano inicia com grandes perspectivas para os pequenos produtores. A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2014 como Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF 2014). O objetivo é sensibilizar sociedades e governos quanto à importância e a contribuição deste setor para a segurança alimentar e a produção de alimentos. Bem como aumentar sua visibilidade, focalizando a atenção mundial na erradicação da fome e pobreza, provisão de segurança alimentar e nutricional, melhoria dos meios de subsistência, gestão dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e para o desenvolvimento sustentável nas áreas rurais. A informação foi divulgada no último Boletim de Agricultura Familiar da Organização da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO), que diz ainda que outra função do AIAF 2014 é reposicionar a agricultura familiar no centro das políticas agrícolas, ambientais e sociais nas agendas nacionais, identificando lacunas e oportunidades para promover uma mudança rumo a um desenvolvimento mais equitativo e equilibrado. Dessa forma, será promovida uma ampla discussão e cooperação no âmbito nacional, regional e global para aumentar a conscientização e entendimento dos desafios que os pequenos agricultores enfrentam. Na avaliação do chefe de Políticas da FAO, Salomon Salcedo, o setor é um dos pilares da segurança alimentar, já que 80% das propriedades na América Latina e no Caribe fazem parte da agricultura familiar, gerando cerca de 70% do emprego agrícola. Dessa forma, com a intenção de organizar as atividades, foi criado o Comitê Mundial de Acompanhamento do AIAF 2014, com a participação de 12 Estados-Membros, além de representantes de agências da ONU, do Fórum Mundial Rural, da União Europeia, de organizações de produtores e do setor privado. Segundo a FAO, considerando apenas os países do Mercosul, o setor emprega diretamente cerca de 10 milhões de pessoas. Sendo fundamental em termos de produção no Brasil, responsável por 38% da produção agrícola; 30% no Uruguai; 25% no Chile; 20% no Paraguai e 19% na Argentina. Por outro lado, houve um declínio nos gastos públicos em agricultura nos países em desenvolvimento, particularmente na América Latina e no Caribe. Nestes locais, os gastos públicos totais em agricultura caíram de 6,9% em 1980 para 1,9% em 2007. Esta relação é a mais baixa entre todos os países em desenvolvimento e contrasta com figuras como o Leste da Ásia e o Pacífico (6,5%), além do Sul da Ásia (4,9%). Salcedo ressaltou que os governos devem proporcionar um ambiente favorável para que os produtores aumentem seu investimento e produção no setor, combinando a antiga sabedoria dos agricultores familiares com a evolução tecnológica moderna. Uma pesquisa da Unesp volta para os pequenos produtores rurais recebeu recentemente a certificação de Tecnologia Social, da Fundação Banco do Brasil. O projeto, intitulado Sistemas de Irrigação Alternativos de Baixo Custo, foi desenvolvido pelo professor Edmar José Scaloppi, do Departamento de Engenharia Rural da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, Câmpus de Botucatu. Neste trabalho são utilizados materiais como garrafas pet e tubulações de esgoto na montagem do sistema de irrigação. A partir dele, é possibilitado a inserção de agricultores descapitalizados aos reconhecidos benefícios da agricultura irrigada, propondo sistemas tecnicamente eficientes, ambientalmente adequados e de baixo custo. A área da Fazenda Experimental Lageado onde os sistemas de irrigação de baixo custo estão instalados para demonstração tem atraído muitos visitantes, incluindo estudantes, agricultores e órgãos de imprensa. As tecnologias já foram apresentadas em diversos eventos, eles o Workshop Internacional de Inovações Tecnológicas na Irrigação, realizados em Piracicaba (SP) em junho de 2011, e Fortaleza (CE), em maio de 2012. Com a certificação, o projeto passa a estar disponibilizado no Banco de Tecnologias Sociais do Banco do Brasil, podendo ser acessado livremente por qualquer interessado. No Banco, as tecnologias sociais podem ser consultadas por tema, entidade executora, público-alvo, região, UF, etc. As informações abrangem o problema solucionado, a solução adotada, os recursos necessários para implementação e os contatos dos responsáveis, possibilitando que instituições interessadas em reaplicar ou conhecer detalhes sobre o processo possam entrar em contato direto com os desenvolvedores das tecnologias sociais. (Jornal A Gazeta/MT – 06/01/2014)((Jornal A Gazeta/MT – 06/01/2014))

topo
Líder dos ruralistas critica novas regras para demarcações

Em entrevista à Folha, a senadora, líder da bancada ruralista no Congresso, disse que vai pedir à Casa Civil e ao Planalto mudanças no documento para garantir os direitos dos produtores rurais que, se...((Jornal Folha São Paulo/SP – 06/01/2014))


Em entrevista à Folha, a senadora, líder da bancada ruralista no Congresso, disse que vai pedir à Casa Civil e ao Planalto mudanças no documento para garantir os direitos dos produtores rurais que, segundo ela, foram "esquecidos" na minuta elaborada pelo Ministério da Justiça. Se for mantida como está, a portaria obrigará a Funai (Fundação Nacional do Índio) a submeter a criação de novas áreas à avaliação de nove ministérios, reduzindo o controle que a fundação tem sobre o processo. "Acabou a brincadeira. Queremos regras claras para a contratação dos antropólogos, participação efetiva dos órgãos federais e dos entes federados, como prefeitos e governadores, e que os direitos dos não índios sejam também respeitados", explicou Kátia Abreu, que é colunista da Folha. Setores que defendem os interesses do agronegócio afirmam que a participação dos órgãos federais será muito limitada, por se restringir ao fornecimento de dados e ao acompanhamento dos trabalhos de campo. Para a senadora, a Funai não pode se comportar como "sindicato" para defender os índios e o antropólogo não deve "ter poder de juiz" durante o processo de delimitação das áreas. "A minuta só trata de direitos dos produtores familiares e dos quilombolas, porque são negros. O fazendeiro, porque é branco, não tem os mesmos direitos?", questiona Kátia Abreu. Ainda de acordo com a senadora, "quase todas as áreas demarcadas hoje no Brasil têm alguma irregularidade". "É uma ditadura antropológica pior que a ditadura militar e que tem que ter fim. Os índios antes só estavam nas florestas, mas agora estão descendo para áreas onde tem inteligência, pessoas que estão lá há décadas e que sabem se defender." NOVA PORTARIA - No início de dezembro, o documento foi enviado para consulta de entidades indigenistas, órgãos do governo e associações de produtores rurais. O Ministério da Justiça promete oficinas para discutir as mudanças com índios, parlamentares e fazendeiros. Lideranças ligadas aos povos indígenas também criticam a nova portaria e afirmam que as regras "burocratizam e politizam" o processo de demarcação de terras. (Jornal Folha São Paulo/SP – 06/01/2014)((Jornal Folha São Paulo/SP – 06/01/2014))

topo
Senadora diz que assessor do Planalto é mal-intencionado

Uma ação de desocupação da terra indígena Awá-Guajá, no Maranhão, gerou troca de acusações entre a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil),...((Jornal Folha São Paulo/SP – 06/01/2014))


Uma ação de desocupação da terra indígena Awá-Guajá, no Maranhão, gerou troca de acusações entre a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), e o secretário nacional de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência, Paulo Maldos. Na sexta-feira, data do início da desocupação, Maldos afirmou ao programa "Voz do Brasil", da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação), que "a maioria dos ocupantes [...] vivem da extração da madeira, plantação de maconha e outros ilícitos, como já foi identificado há pouco tempo trabalho escravo na região". "A gente tem uma crise humanitária, digamos, em que você, por um lado, [vê] povos indígenas sem contato algum com a nossa sociedade, ou um contato muito recente, e, por outro lado, representantes, digamos, da nossa sociedade, que são o que temos de mais criminoso." Em nota divulgada ontem em nome da CNA, a senadora disse que o secretário é "mal-intencionado" e fez declarações "levianas, irresponsáveis e ideológicas", contra as quais "buscará as medidas judiciais cabíveis". Para Kátia, afirmar "que os agricultores pobres, enxotados de suas terras pela Funai, são plantadores de maconha configura violência ainda maior que a do despejo que lhes foi imposto". A ação de desocupação atende a uma decisão da Justiça Federal, que determinou a realocação das famílias em áreas para reforma agrária. Procurado, Maldos alegou não ter a intenção de ofender ninguém. "A senadora deve ter sido induzida ao erro, porque o governo tem atuado para remover uma população de forma pacífica, de acordo com a lei." O secretário reafirmou que os principais ilícitos na área invadida são referentes à extração ilegal de madeira --o governo não sabe, no entanto, quantos estão envolvidos na atividade criminosa, já que o fluxo de extrativistas é intermitente. "Sabe-se que 32% da reserva, que é a última reserva florestal do Maranhão, foram devastados", disse Maldos, que também citou a apreensão na região, em novembro, de 80 kg de maconha cultivada ilegalmente. (Jornal Folha São Paulo/SP – 06/01/2014)((Jornal Folha São Paulo/SP – 06/01/2014))

topo
Alta lança Noel de Canaã ao mercado

A Central anuncia o lançamento de mais um touro da raça Brahman, Noel de Canaã, Reservado Grande Campeão na Expozebu, Feicorte e Divina Expo e Grande Campeão na Expoagro Goiânia, Barretos PecShowe Exp...((Revista AG do Criador/RS – Dezembro. 13 – pg 98))


A Central anuncia o lançamento de mais um touro da raça Brahman, Noel de Canaã, Reservado Grande Campeão na Expozebu, Feicorte e Divina Expo e Grande Campeão na Expoagro Goiânia, Barretos PecShowe ExpoAraçatuba. (Revista AG do Criador/RS – Dezembro. 13 – pg 98)((Revista AG do Criador/RS – Dezembro. 13 – pg 98))

topo
MT sustentou a oferta

Mato Grosso foi fundamental para a oferta de bovinos para abate, e consequentemente, para o mercado de carne brasileiro. Mesmo com aumento da demanda interna e externa pelos cortes bovinos, o segmento...((Portal Jornal Diário de Cuiabá /MT - 06/01/2014))


Mato Grosso foi fundamental para a oferta de bovinos para abate, e consequentemente, para o mercado de carne brasileiro. Mesmo com aumento da demanda interna e externa pelos cortes bovinos, o segmento respondeu com volumes, mas ainda às custas do abate de fêmeas, algo que segue sendo indigesto sobre o setor e ameaçando a oferta futura de bezerros, ou seja, dos bois gordos dos próximos anos. Conforme análise do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o ano de 2013 encerrou com resultados positivos, tanto sob o ponto de vista da oferta, mesmo havendo muitas fêmeas descartadas, como do ponto de vista da demanda, e dos preços, movimento este último que tinha todos os fundamentos primários para sucumbir ao grande volume de abates, mas ainda assim remunerou de maneira real o criador, algo que há tempos não se registrava no Estado. Segundo os dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea/MT), em 2013 foram abatidas, até novembro, 5,56 milhões de cabeças de bovinos, 0,72% mais que o total de 2012 (5,52 milhões de cabeças). “Entretanto, a oferta de bovinos à indústria foi realizada com envio elevado de fêmeas, representando em 2013 45,9% do total abatido até novembro”, aponta os analistas. Na outra ponta do mercado, a demanda foi elevada durante o ano de 2013, com reflexos das melhoras nas economias mundiais e também do mercado interno. No contexto internacional, as exportações de carne in natura estão em 202,45 mil toneladas, 3,12% menos que o recorde de 2010. No mercado nacional, a demanda interna apresentou bons indicadores, a começar pela taxa de desocupação da população, medida pelo IBGE, que variou de 4,6% até 6% em 2013, nível baixo e que favorável o consumo, inclusive de carne bovina. OFERTA E DEMANDA - Em 2013 o descarte elevado de fêmeas foi evidente, registrando o pico em março e uma média no primeiro semestre de 53% de fêmeas no total abatido de bovinos em Mato Grosso. Considerando o recorde de abates, como frisa o Imea, houve uma conjuntura favorável à pressão sobre os preços, porém, o que se viu foi o oposto e os preços da arroba do boi gordo valorizaram 11,97% de janeiro para dezembro, 6,34 pontos percentuais mais que a inflação acumulada em 12 meses, medida pelo IPCA. “Assim, houve ganho real nos preços do boi gordo em 2013, um fato importante para o bovinocultor de corte que há tempos está com suas margens apertadas”. RELAÇÃO DE TROCA - Em 2013 os resultados da bovinocultura de corte em Mato Grosso foram distintos entre os sistemas de criação. A começar pela cria, que em apenas duas microrregiões o preço de venda da arroba foi maior que o Custo Operacional Total (COT), ou seja, maior que todos os custos da atividade. Já a engorda apresentou um cenário positivo para todas as microrregiões analisadas. Nas três microrregiões que adotam o ciclo completo, apenas Vila Rica apresentou preços da arroba acima do COT. Em Matupá e na Baixada Cuiabana os valores recebidos pela arroba cobriram somente o Custo Operacional Efetivo (COE), ou seja, apenas os custos variáveis da atividade. “É notável que a engorda foi o único sistema que apresentou ganhos, sendo exatamente o contrário para a cria. Porém, o abate elevado das fêmeas nos últimos três anos já causa reflexos na oferta e nos preços do gado de reposição, gerando expectativas de melhora da margem do criador no futuro”. PERSPECTIVA 2014 – O ano de 2014 já começou e quem atua no mercado do boi gordo deve começar seu planejamento e a estruturar suas estratégias para o ano vindouro, como aconselham os analistas do Imea. “Nesse sentido, as dúvidas que surgem são em relação à oferta de boiadas à indústria, a demanda por carne bovina e, claro, os preços da arroba”. Com relação à oferta, não se deve verificar mais um ano recorde (5,80 a 6,0 milhões) como em 2013, sendo provável que menos bovinos sejam abatidos, principalmente as fêmeas, que há três anos estão inflando as escalas em Mato Grosso. Para a demanda as expectativas são melhores, isso porque os principais players do Brasil e de Mato Grosso (EUA, Austrália e Argentina) passam por ajustes negativos nas suas respectivas ofertas, favorecendo os exportadores nacionais. Além disso, as cotações do dólar futuro na Bolsa apontam preços acima de R$ 2,30/US$ no primeiro quadrimestre, ou seja, a carne produzida Brasil afora continuará competitiva em relação aos demais players. “A conjuntura atual indica que os preços vão subir em 2014 e isso já está precificado na Bolsa, em São Paulo. A cotação média dos contratos abertos com vencimentos em 2014 é de R$ 111,99/@, descontando-se o diferencial de base, espera-se uma arroba em Mato Grosso ao redor de R$ 97,43, em média”. (Portal Jornal Diário de Cuiabá /MT - 06/01/2014)((Portal Jornal Diário de Cuiabá /MT - 06/01/2014))

topo
Queda expressiva de preços marca último mês do ano

A pressão continua vindo da demanda enfraquecida e do aumento na captação de leite em praticamente todos os estados acompanhados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq/...((Portal Do Agronegócio/MG – 03/12/2014))


A pressão continua vindo da demanda enfraquecida e do aumento na captação de leite em praticamente todos os estados acompanhados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq/USP, exceto no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em dezembro, o preço médio bruto nacional (“média Brasil”) pago ao produtor (que inclui frete e impostos) foi de R$ 1,0416/litro, forte redução de 5,4% (ou de 5,9 centavos) em relação a novembro. O preço líquido médio (sem frete e impostos) caiu 5,8%, passando para R$ 0,9602/litro. Estas médias, calculadas pelo Cepea, são ponderadas pelo volume captado em outubro nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA. Apesar das quedas de preços, os patamares continuam elevados se comparados aos do ano passado. A média de dezembro/13 supera em 11,09% a de dez/12, de R$ 0,9376/l, em termos reais. Se considerado todo o ano passado, quando o preço médio foi de R$ 0,9332/l, a valorização é de 10,48% - a média de 2013 é de R$ 1,0310/l. Considerado um ano atípico, 2013 registrou aumentos nas cotações do leite em praticamente todos os meses – em agosto, o preço médio foi o maior dos últimos seis anos em termos reais (descontando a inflação do período). O impulso veio principalmente da demanda interna aquecida. Nos últimos dois meses do ano, as chuvas favoreceram a qualidade das pastagens e o consequente acréscimo na captação de leite, que bateu novo recorde. De outubro para novembro, o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea) aumentou 3,51%, atingindo 167,94. O destaque no período foi para São Paulo, Goiás e Bahia, onde os crescimentos foram de 8,15%, 7,12% e de 6,92%, respectivamente. Além do clima, diversos produtores de leite realizaram investimentos na propriedade em razão dos altos patamares de preços registrados nos últimos meses, o que contribuiu para elevar ainda mais a oferta disponível atualmente. A maior captação, por sua vez, propiciou o aumento dos estoques em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, resultando em menor necessidade de compra por parte das indústrias. Agentes relataram, ainda, a entrada de leite das regiões Sul e Sudeste nos estados do Nordeste, devido ao excesso de matéria-prima. Segundo indicações de agentes de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea, para o próximo mês, a expectativa é de nova queda nos preços do leite. A maioria dos entrevistados (89,7%), que representa 96,1% do leite amostrado, indica que haverá baixa nos valores em janeiro/14. Outros 10,3% dos agentes, que representam 3,9% do volume amostrado de leite, acreditam em estabilidade. Não houve expectativa de alta para o próximo mês. No mercado de derivados, as variações também foram negativas, em decorrência dos estoques elevados e do enfraquecimento da demanda por produtos lácteos. Os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados no atacado de São Paulo em dezembro (cotados até o dia 26) fecharam em R$ 2,013/litro e R$ 12,326/kg, respectivamente, 7,62% e 3,47% inferiores às médias de novembro. A pesquisa de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL). AO PRODUTOR – Em dezembro, houve queda no preço bruto do leite pago ao produtor em todos os estados acompanhados pelo Cepea. A maior baixa foi registrada em Goiás e Santa Catarina, de 7,23% para ambas as regiões. Em Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Ceará, os recuos foram de 6,03%, 4,42%, 4,02% e 2,45%, respectivamente. Para o Ceará, onde o período de chuvas está no início, a cotação foi pressionada principalmente pela entrada de leite do Sudeste do País. Quanto aos preços, dentre os estados que compõem a “média Brasil”, Minas Gerais teve o maior valor em dezembro, de R$ 1,0635/litro, seguido pela Bahia, com média de R$ 1,0526/litro. São Paulo fechou em R$ 1,0474, Paraná, R$ 1,0432/litro, Santa Catarina, R$ 1,0003/litro e Rio Grande do Sul, 0,9997/litro. (Portal Do Agronegócio/MG – 03/12/2014)((Portal Do Agronegócio/MG – 03/12/2014))

topo

CENTRO DE REFERÊNCIA DA PECUÁRIA BRASILEIRA - ZEBU

Fone: +55 (34) 3319-3900

Pça Vicentino R. Cunha 110

Parque Fernando Costa

CEP: 38022-330

Uberaba - MG


©2015-2025 - Associação Brasileira dos Criadores de Zebu - Todos os direitos reservados