Notícias do Agronegócio - boletim Nº 713 - 21/09/2016 Voltar

PORTEIRA ABERTA PARA TODOS

http://www.revistafeedfood.com.br/temp_site/edicao-9949-58b64d5f454aeb2ac622cf602b3bd057.pdf((Revista Feed & Food/SP – Setembro. 2016 – pg 16/17))


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MELHORIAS NA GENÉTICA E NA CADEIA

http://www.revistafeedfood.com.br/temp_site/edicao-9949-1bd85b2cc31602051148abffb38a076d.pdf((Revista Feed & Food/SP – Setembro. 2016 – pg 110 a 112))


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Por uma agricultura de precisão mais barata

Faixas de frequência de televisão que estão desocupadas e uso de drones podem contribuir para que projetos de fazendas inteligentes se tornem uma realidade. Na fazenda Dancing Crow, no Estado de Washi...((Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 21/09/2016))


Faixas de frequência de televisão que estão desocupadas e uso de drones podem contribuir para que projetos de fazendas inteligentes se tornem uma realidade. Na fazenda Dancing Crow, no Estado de Washington, os raios de sol que banham as plantações também são captados por uma série de painéis solares. A pequena propriedade abastece as feiras de Seattle com verduras orgânicas. Além disso, é palco de um projeto experimental da Microsoft. Ao longo do últimos doze meses, os engenheiros da empresa vêm desenvolvendo no local tecnologias destinadas a reduzir drasticamente os custos da chamada “agricultura de precisão”, que, recorrendo a sensores e algoritmos, procura fornecer água, fertilizantes e pesticidas apenas para as plantas que efetivamente necessitam desses insumos. A agricultura de precisão é uma das ferramentas tecnológicas que podem ajudar a alimentar um planeta cuja população deve chegar a quase 10 bilhões de pessoas até 2050. Se os agricultores puderem irrigar suas plantações apenas quando necessário e evitar o uso excessivo de pesticidas, economizarão recursos e ampliarão a produção. Mas os sistemas existentes custam US$ 1 mil por sensor. Se o valor já é proibitivo para a maioria dos agricultores do mundo desenvolvido, para os países pobres, onde os ganhos de produtividade são mais necessários, é simplesmente inviável. Na realidade, os sensores, que registram itens como umidade, temperatura e acidez do solo, nem são tão caros, e funcionam com a energia gerada por painéis solares baratos. O que pesa no bolso é levar os dados dos sensores para o agricultor. São poucas as propriedades agrícolas que têm boa cobertura de telefonia celular, e as redes Wi-Fi não têm como cobrir toda a extensão de uma plantação. Por isso, a maior parte dos sistemas de agricultura de precisão empregam sensores conectados a estações-base de telefonia celular, que chegam a custar dezenas de milhares de dólares, ou a satélites, que exigem antenas e planos de dados dispendiosos. Na Dancing Crow, porém, os sensores aproveitam os segmentos desocupados das frequências de UHF e VHF utilizadas pelas emissoras de TV. Muitos países vêm fazendo testes com esse “espaço branco” a fim liberar mais banda larga para as redes de telefonia celular. Na zona urbana, pequenas fatias do espectro de espaço em branco valem milhões de dólares. Na zona rural, porém, a baixa densidade populacional garante espaço de sobra, diz o pesquisador da Microsoft Ranveer Chandra. A sede da Dancing Crow é conectada à internet de maneira tradicional. Uma estação-base retransmite o sinal para um galpão, erguido junto à plantação, em cujo telhado há uma antena de TV comum. Os sensores se comunicam com o galpão utilizando transceptores com alcance de mais de 8 km. E esses transceptores são baratos: “Já conseguimos montar sensores com menos de US$ 100”, diz Chandra. “Nosso objetivo é chegar a um sensor que custe menos de US$ 15.” Esforço. A Microsoft não está sozinha na busca de sensores agrícolas mais em conta. Pesquisadores da Universidade de Mannheim, na Alemanha, desenvolveram uma rede de sensores que com base na tecnologia “rádio definido por software” (SDR, na sigla em inglês), que usa computadores para simular um receptor de rádio extremamente sensível. E cientistas da Universidade de Nebraska-Lincoln estão trabalhando em sensores que se comunicam por ondas de rádio propagadas pelo solo, e não pelo ar, e que são alimentados com a energia gerada pela vibração da passagem de tratores e outras máquinas agrícolas no terreno. Por outro lado, embora muito úteis, os dados produzidos pelos sensores não incluem todas as informações de que os agricultores precisam. Para preencher a lacuna, a Dancing Crow utiliza um drone. Esses aviões não tripulados estão cada vez mais baratos (um modelo básico sai por US$ 1 mil), mas é preciso gente treinada para operá-los, e, como suas baterias são pequenas, sua autonomia de voo também é limitada. Por isso, a equipe da Microsoft elaborou um sistema de piloto automático, que determina a rota mais eficiente e reduz em 25% o tempo que o drone leva para percorrer a fazenda. As imagens produzidas contêm informações úteis sobre o crescimento da plantação, as condições de saúde das plantas e o aparecimento de eventuais pragas. A questão é que interpretar essas informações está fora do alcance da maioria dos agricultores. Por isso, a Microsoft desenvolveu um software capaz de reunir as fotos numa única visão panorâmica de toda a propriedade. Os dados produzidos pelos sensores são sobrepostos a essa visão e o computador projeta valores de umidade e acidez, entre outros, para áreas específicas da plantação. Daqui a alguns meses, quando as águas do rio Snoqualmie, que corre perto da Dancing Crow, inundarem as terras da propriedade, como fazem todos os anos, Chandra pretende levar suas tecnologias para a Índia. Os agricultores mais desvalidos não têm condições de adquirir nem os drones mais baratos. O pesquisador da Microsoft quer testar uma solução mais simples: amarrar um smartphone num balão de hélio de US$ 5 e carregá-lo consigo enquanto percorre as plantações. (Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 21/09/2016) ((Jornal O Estado de S. Paulo/SP – 21/09/2016))

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Produção define perfil de investimento do produtor

Todos os anos, entre agosto e setembro, os principais bancos do País voltam os olhos para o agronegócio e instalam, nas feiras do setor, salas de atendimento voltadas às demandas dos produtores rurais...((Jornal do Comércio/RS – 20/09/2016))


Todos os anos, entre agosto e setembro, os principais bancos do País voltam os olhos para o agronegócio e instalam, nas feiras do setor, salas de atendimento voltadas às demandas dos produtores rurais. O objetivo central é atender a busca por crédito, já que na feira são adquiridos animais e máquinas para ampliar ou aprimorar a produção. É por conta dessa característica que os principais intermediadores bancários, quando questionados sobre onde os agricultores investem, logo respondem equipamentos, terras, insumos, genética ou rebanho. E o capital, quando entra na jogada? A reflexão, então, se estende mais, sendo acompanhada de inúmeras ponderações e contextualizações, que deixam claro que investir, com objetivo de rentabilizar o capital obtido graças à produção agropecuária, ainda é algo disponível a poucos, sobretudo os que estão à frente de médios e grandes empreendimentos. Para algumas atividades, inclusive, não é incomum que a poupança seja feita do próprio item que o agricultor comercializa. "Uma boa parte dos produtores tem poupança em grãos", descreve João Antônio Lapolli, especialista Agronegócios do Sistema Sicredi. Obviamente, não é possível rechear a carteira de soja, mas, conforme surge a necessidade, a commodity pode ser vendida, o que não deixa de ser uma poupança. No entanto, nem sempre é uma opção vantajosa, já que, ao comercializar o grão quando precisa, o produtor terá que se adequar ao valor do período em que ocorrerá a venda, nem sempre o que estabelece os melhores preços. Carlos Aguiar, executivo de Agronegócios do Santander, relata situação semelhante na pecuária. Com o rebanho já gordo, pronto para o abate, o criador, quando perguntado sobre a espera, respondeu que esses animais ele estava guardando para pagar o banco no mês seguinte. E é assim, investindo no próprio segmento que o agronegócio se mantém em crescimento, porém com baixa liquidez entre os produtores, sobretudo, familiares. Isso acontece, também, porque o agricultor geralmente está tomado de crédito, usado para custear a produção. Quando entra o dinheiro, ele quita o débito, para que novo financiamento de custeio seja tomado a fim de bancar a produção. Dessa forma, o ciclo produtivo e financeiro se casam, numa relação difícil de se desfazer, por sinal. "Mesmo o produtor rural rico tem uma oscilação de caixa, a não ser que ele esteja muito rico", detalha o executivo do Santander. Um dos motivos que levam a essa situação está no fato de o produtor assumir o crédito como pessoa física, e não como jurídica, explica Aguiar. Assim, a prerrogativa número um para o sucesso das finanças empresariais, que é segregar o capital jurídico e físico, deixa de ser cumprida, e o agricultor fica condicionado à própria produção. (Jornal do Comércio/RS – 20/09/2016) ((Jornal do Comércio/RS – 20/09/2016))

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Justiça exonera presidente da Funai

Medida foi tomada após crítica a organização dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 por uma menção a costumes indígenas feita durante o revezamento da tocha paralímpica O Ministério da Justiça trocou o coman...((Portal Canal Rural/SP – 20/09/2016))


Medida foi tomada após crítica a organização dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 por uma menção a costumes indígenas feita durante o revezamento da tocha paralímpica O Ministério da Justiça trocou o comando da Fundação Nacional do Índio (Funai). A exoneração de Artur Nobre Mendes foi publicada nesta terça, dia 20, no Diário Oficial da União, junto com a nomeação de Agostinho do Nascimento Netto. Ele era assessor especial do Ministério da Justiça desde junho. A Funai é o órgão indigenista oficial, criada em 1967 pela Lei nº 5.371 e vinculada ao Ministério da Justiça. Na última sexta, dia 16, a fundação criticou a organização dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 por uma menção a costumes indígenas feita durante o revezamento da tocha paralímpica. Uma das condutoras foi a menina Iganani Suruwaha, que nasceu com paralisia cerebral. Na apresentação da indígena, a Rio 2016 disse que a menina e a mãe tiveram que deixar a comunidade onde viviam para “evitar o infanticídio indígena”. Em carta de repúdio, a Funai disse que a informação do Comitê Organizados dos Jogos promove “ofensa e desrespeito aos povos indígenas do Brasil, referindo¬se ao infanticídio ou homicídio, abuso sexual, estupro individual ou coletivo, escravidão, tortura, abandono de vulneráveis e violência doméstica como práticas tradicionais indígenas”. Segundo a entidade indigenista, o posicionamento da Rio 2016 se baseia no Projeto de Lei 1057/2007, conhecido como Lei Muwaji, aprovado pelo plenário da Câmara em agosto de 2015, que, segundo a Funai, desconsidera a falta de dados concretos sobre a suposta prática de infanticídio. “Não existem dados coletados com rigor e em número suficiente para afirmar que essa seja uma ação frequente e costumeira por parte de povos indígenas, como se tem alardeado. A alegação dessa suposta prática serve, muitas vezes, como tentativa de criminalização e demonstração de preconceito contra os povos indígenas, e também como justificativa para penalizar servidores públicos que atuam em áreas indígenas”, criticou a Funai no texto. (Portal Canal Rural/SP – 20/09/2016) ((Portal Canal Rural/SP – 20/09/2016))

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MS terá R$ 241 milhões para agricultura familiar

Montante destinado ao setor representa um crescimento de 8% em relação à safra passada, fator que aliado ao crédito mais barato deve fomentar produção O delegado federal do Desenvolvimento Agrário em ...((Portal Progresso/MS – 21/09/2016))


Montante destinado ao setor representa um crescimento de 8% em relação à safra passada, fator que aliado ao crédito mais barato deve fomentar produção O delegado federal do Desenvolvimento Agrário em Mato Grosso do Sul, Dorival Betini, está cumprindo uma extensa agenda de visitas em várias regiões do Estado para apresentar o Plano Safra 2016/2017 aos produtores rurais da agricultura familiar. Segundo ele, Mato Grosso do Sul terá R$ 241 milhões para aplicar no setor ao longo desse período dos R$ 30 bilhões para financiamento de custeio e investimento em todo o país, o que representa, crescimento de 8% em relação a safra passada. Betini garante que o plano está sendo bem recebido nas regiões por onde ele tem passado. Para o delegado, a agricultura familiar vem passando por transformações em Mato Grosso do Sul e conta com o apoio de programas e ações da Sead (Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário). "Com mais políticas públicas chegando ao setor rural, os agricultores familiares têm conquistado segurança, respeito e autonomia. A agricultura familiar desempenha um papel central na estratégia de superação da fome e na segurança alimentar do País, sendo a principal produtora de comida para o campo e a cidade", ressaltou Betini, que na última segunda-feira apresentou o plano durante ato no Sindicato Rural de Três Lagoas. Para o delegado, o Plano Safra da Agricultura Familiar deste ano consolida conquistas e reafirma o compromisso do governo em ampliar a produção de alimentos saudáveis. "Estamos garantindo crédito mais barato para aqueles que produzem a comida que chega às mesas das famílias e para a produção orgânica e de base agroecológica", acrescentou. Ele informa que desde o dia 12 deste mês foram iniciadas em Mato Grosso do Sul reuniões técnicas sobre o novo Plano Safra, quando diversos temas estão sendo abordados, além do Crédito Rural, SEAF (Seguro da Agricultura Familiar) e do PGPAF (Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar). "Temos o desafio de ampliar o número de agricultores familiares incluídos nas políticas da SEAD, ex-MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), aumentar de forma sustentável o número de contratos de crédito rural e de divulgação de nossos programas", pontuou o delegado, que conta com a parceria dos municípios e do governo do Estado, por meio da Sepaf (Secretaria de Estado de Produção e Agricultura Familiar). Agenda De acordo com o cronograma de visitas a cada região, Betini já expôs o plano em Coxim, no último dia 12, Aquidauana, Ponta Porã, Dourados, Três Lagoas e Nova Andradina nesta terça-feira (20). Hoje, o delegado estará na cidade de Iguatemi, onde apresentará o plano na Câmara de Vereadores e encerrará a programação na sexta-feira (23), em Campo Grande, no auditório do Imasul, com a presença do secretário Nacional, José Ricardo Rozeno, além dos técnicos da Sead responsáveis pela execução das palestras. (Portal Progresso/MS – 21/09/2016) ((Portal Progresso/MS – 21/09/2016))

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Expoinel agita Uberaba em setembro

A Expoinel, promovida pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil, chega à 45a edição mantendo a força de sua agenda de leilões oficiais. A exposição, que acontece entre os dias 15 e 25 de setem...((Revista AG do Criador/RS – pg 62))


A Expoinel, promovida pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil, chega à 45a edição mantendo a força de sua agenda de leilões oficiais. A exposição, que acontece entre os dias 15 e 25 de setembro, em Uberaba/MG, será palco de 12 leilões sob a chancela Leilão Oficial Nelore. Evento fecha o ano-calendário de exposições da entidade. (Revista AG do Criador/RS – pg 62) ((Revista AG do Criador/RS – pg 62))

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62° Mega Leilão CV

Evento comemorativo aos 30 anos da seleção do pecuarista Carlos Viacava, comercializou 500 animais Nelore, sendo 250 touros da safra 2014, avaliados pelo programa Nelore Brasil e 250 fêmeas prenhes do...((Revista AG do Criador/RS – pg 62))


Evento comemorativo aos 30 anos da seleção do pecuarista Carlos Viacava, comercializou 500 animais Nelore, sendo 250 touros da safra 2014, avaliados pelo programa Nelore Brasil e 250 fêmeas prenhes dos mais importantes reprodutores da atualidade. O leilão será realizado no dia 25 de setembro, na Fazenda Santa Gina, em Presidente Epitácio/SP. (Revista AG do Criador/RS – pg 62) ((Revista AG do Criador/RS – pg 62))

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Brahman

Projeto "Crescendo com o Brahman", que está sendo promovido pela Associação de Criadores de Brahman do Brasil, contando mais uma vez com o apoio do Museu do Zebu, terá ministradas mini aulas e noções ...((Jornal de Uberaba Online/MG – 21/09/2016))


Projeto "Crescendo com o Brahman", que está sendo promovido pela Associação de Criadores de Brahman do Brasil, contando mais uma vez com o apoio do Museu do Zebu, terá ministradas mini aulas e noções básicas de manejo do gado e apresentação dos animais em pista, sendo instrutora Tatiane Drummond da Central Lagoa da Serra. As atividades do projeto acontecem nos dias 24 e 25 de setembro. As inscrições são gratuitas, limitadas e estão sendo realizadas no Museu do Zebu com Aline, pelo email: aline@abcz.org.br ou pelo telefone (34) 336-5214. (Jornal de Uberaba Online/MG – 21/09/2016) ((Jornal de Uberaba Online/MG – 21/09/2016))

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Bilili Agropecuária vende quase 100 fêmeas

Fêmeas Girolando, Holandês e Jersey encheram a pista de Taubaté, SP. Na tarde de 17 de setembro o Sindicato Rural de Taubaté, SP, foi palco do 2º Leilão Girolando Bilili Agropecuária & Convidados. O r...((Revista DBO Online/SP – 20/09/2016))


Fêmeas Girolando, Holandês e Jersey encheram a pista de Taubaté, SP. Na tarde de 17 de setembro o Sindicato Rural de Taubaté, SP, foi palco do 2º Leilão Girolando Bilili Agropecuária & Convidados. O remate teve oferta de 97 animais e movimentou R$ 249.450. O Girolando puxou as vendas, com 49 exemplares por R$ 146.550. Do grupo saíram 34 vacas a R$ 3.485; 13 bezerras a R$ 1.800; e duas novilhas a R$ 3.150. Também foram comercializadas 31 fêmeas Holandês a R$ 2.448 e 17 Jersey a R$ 1.588. A organização do evento foi da Embral Leilões e os pagamentos foram fixados em 30 parcelas. (Revista DBO Online/SP – 20/09/2016) ((Revista DBO Online/SP – 20/09/2016))

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Fortaleza & Colorado ofertam fêmeas de produção

Remate da Expoinel movimentou mais de R$ 900.000 Em 18 de setembro, José Carlos Prata Cunha, da VRJC, e Marcelo Ribeiro Mendonça, da Nelore Colorado, reuniram suas produções de fêmeas na pista de Uber...((Revista DBO Online/SP – 20/09/2016))


Remate da Expoinel movimentou mais de R$ 900.000 Em 18 de setembro, José Carlos Prata Cunha, da VRJC, e Marcelo Ribeiro Mendonça, da Nelore Colorado, reuniram suas produções de fêmeas na pista de Uberaba, MG, para o Leilão Virtual Fortaleza & Colorado. O remate fez parte da agenda da 45ª Expoinel e movimentou R$ 917.520. Foram vendidas 146 bezerras, novilhas e matrizes à média de R$ 5.947 e dois machos por R$ 49.200. Um dos destaques do pregão foi Patna FIV Fort VR, vendida por R$ 26.400 para a Nelore Confboi. A doadora é filha de Jeru FIV Brumado na matriz Assecla FIV Mata Velha e segue prenhe de Jabriel FIV Naviraí. Os trabalhos de pista foram conduzidos pelo leiloeiro João Gabriel, com captação de lances para pagamentos em 24 parcelas. A organização foi da Programa Leilões e a transmissão do Canal Rural. (Revista DBO Online/SP – 20/09/2016) ((Revista DBO Online/SP – 20/09/2016))

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Leilão da Embrapa Cerrados comercializa mais de 80 animais da raça Nelore

A Embrapa Cerrados realizou no último fim de semana, em Planaltina (DF), leilão de animais da raça Nelore. O remate comercializou 16 touros Nelore puros de origem (PO) e 67 animais comerciais (51 mach...((Portal Noticias da Pecuária/MS – 20/09/2016))


A Embrapa Cerrados realizou no último fim de semana, em Planaltina (DF), leilão de animais da raça Nelore. O remate comercializou 16 touros Nelore puros de origem (PO) e 67 animais comerciais (51 machos e 16 fêmeas). Segundo a assessoria de imprensa da Embrapa Cerrados, o maior comprador foi o pecuarista José Eustáquio Paixão, que possui propriedade em Padre Bernardo (GO). Ele arrematou sete touros Nelore PO e três lotes comerciais, com seis bovinos mestiços em cada lote. “Essa é a terceira vez que venho em leilões da Embrapa para comprar os animais, que são de qualidade e irão melhorar a genética do meu rebanho”, afirmou o pecuarista que trabalha com gado para cria e recria. (Portal Noticias da Pecuária/MS – 20/09/2016) ((Portal Noticias da Pecuária/MS – 20/09/2016))

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PRODUTORES USAM ALGA MARINHA PARA MELHORAR PRODUTIVIDADE DO GADO

Produtores de gado do Mato Grosso do Sul estão utilizando alga marinha na ração dos animais para melhorar a produtividade. Diferente, e está dando certo. Confira na reportagem. (Portal Agrosoft/MG – 2...((Portal Agrosoft/MG – 21/09/2016))


Produtores de gado do Mato Grosso do Sul estão utilizando alga marinha na ração dos animais para melhorar a produtividade. Diferente, e está dando certo. Confira na reportagem. (Portal Agrosoft/MG – 21/09/2016) ((Portal Agrosoft/MG – 21/09/2016))

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Mercado de reposição com poucos negócios em Minas Gerais

A falta de chuvas na maior parte das regiões do estado afetou a qualidade das pastagens. Os compradores estão resistindo em adquirir animais de reposição. Esse fator tem feito com que os preços recuem...((Revista Beef World Online/SP – 21/09/2016))


A falta de chuvas na maior parte das regiões do estado afetou a qualidade das pastagens. Os compradores estão resistindo em adquirir animais de reposição. Esse fator tem feito com que os preços recuem. Em relação à média de agosto, as cotações de todas as categorias de machos anelorados tiveram queda de 1,6% na última semana. No entanto, na comparação anual estão 4,2% maiores, devido à demanda de compradores de estados vizinhos no início do ano, que colaborou com uma menor disponibilidade de animais. Destaque para o boi magro, que subiu 7,9% no período. A arroba do boi gordo, nos últimos doze meses, teve valorização menor, de 3,4%. Isso resultou em uma piora no poder de compra do terminador. Hoje em dia é possível comprar 1,28 boi magro com a venda de um boi gordo de 16,5@ em Minas Gerais. Há um ano essa relação de troca era de 1,34. (Revista Beef World Online/SP – 21/09/2016) ((Revista Beef World Online/SP – 21/09/2016))

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Oferta restrita de animais terminados exerce pressão de alta no mercado

Ao contrário do observado no mês anterior, setembro tem sido marcado pela retomada de preços no mercado do boi gordo na maioria das praças pesquisadas pela Scot Consultoria. Nessa terça-feira, das tri...((Revista Beef World Online/SP – 21/09/2016))


Ao contrário do observado no mês anterior, setembro tem sido marcado pela retomada de preços no mercado do boi gordo na maioria das praças pesquisadas pela Scot Consultoria. Nessa terça-feira, das trinta e uma praças pesquisadas, houve valorização em nove. A melhora das margens das indústrias colabora com este cenário, uma vez que permite pagamentos maiores pela arroba dos animais terminados. No mercado atacadista de carne com osso, a oferta restrita e o enxugamento dos estoques têm resultado em valorizações da carne no mercado. O boi casado de animais castrados está cotado em R$10,27/kg. Na comparação com o início deste mês houve alta de 9,3%. (Revista Beef World Online/SP – 21/09/2016) ((Revista Beef World Online/SP – 21/09/2016))

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Segundo pesquisa, pecuária pode frear o aquecimento global

Foi a partir dos números que o homem passou a entender melhor o mundo. E é neles, também, que pode estar a chave para resolver a aparente dicotomia entre preservação ambiental e segurança alimentar. A...((Revista Beef World Online/SP – 21/09/2016))


Foi a partir dos números que o homem passou a entender melhor o mundo. E é neles, também, que pode estar a chave para resolver a aparente dicotomia entre preservação ambiental e segurança alimentar. Até 2050, a população mundial vai aumentar quase 30% e a demanda por carne deve dobrar, segundo a ONU, o que liga o alerta para os riscos do efeito estufa. A pecuária ainda é vista, muitas vezes, como a vilã do aquecimento global. Matemático por formação, foi no agronegócio que o pesquisador Rafael de Oliveira Silva conseguiu unir o gosto pelos números às reflexões que o deixavam inquieto. “A matemática se aplica a todas as áreas do conhecimento, mas os problemas ambientais associados à produção de alimentos chamavam muito a minha atenção”, afirma. Rafael, que tem 34 anos, está há três na Escócia, onde faz o doutorado. Neste período, desenvolveu uma pesquisa inovadora sobre a produção de carne e o efeito estufa. (Revista Beef World Online/SP – 21/09/2016) ((Revista Beef World Online/SP – 21/09/2016))

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Preços da arroba do boi continuam estáveis com algumas altas pontuais

A situação de margem das indústrias melhorou nos últimos meses com o avanço nos preços da carne no atacado. Ainda assim, os frigoríficos mantém a postura de estoques enxutos e conseguem segurar o preç...((Revista Beef World Online/SP – 21/09/2016))


A situação de margem das indústrias melhorou nos últimos meses com o avanço nos preços da carne no atacado. Ainda assim, os frigoríficos mantém a postura de estoques enxutos e conseguem segurar o preço da arroba. Em algumas praças já é possível observar valorizações pontuais, mas sem grandes alterações de referência. Conforme explica o analista da Scot Consultoria, Alex Santos Lopes, "embora as margens fôlego na operação das indústrias para que ocorram pagamentos melhores, esses só vão acontecer se houver realmente necessidade." Dessa forma, os frigoríficos estão realizando compras de acordo com a resposta da demanda, com evidencia a continuidade na ociosidade das indústrias e os pulos nas escalas de abate. Para Lopes o único fator que pode impulsionar significativamente a cotação da arroba seria uma resposta da demanda, que já "pode acontecer já o início do próximo mês, com o pagamento dos salários". Porém, alerta que é preciso observar como virá o nível de consumo no período. Além disso, a aproximação com o final do ano também traz um cenário positivo no quesito demanda. Tradicionalmente o pagamento dos décimos terceiros salários impulsionam as vendas de carne bovina no varejo. Assim, "a expectativa de melhora no preço da arroba vem da possibilidade de incremento da demanda nos próximos meses", afirma o analista. Outro fator de apoio é o típico recuo na oferta a partir de outubro com a entrada da entressafra podendo enxugar ainda mais os estoques das indústrias, que "associado à possível melhora no consumo de carne, nos leva acreditar que o mercado pode trabalhar com preços maiores no médio prazo." (Revista Beef World Online/SP – 21/09/2016) ((Revista Beef World Online/SP – 21/09/2016))

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Produtores rurais poderão fazer queima fitossanitária

Os produtores rurais poderão fazer a queima controlada para a proliferação de moscas-dos-estábulos. A Resolução Conjunta entre as Secretarias de Agricultura e Abastecimento e a do Meio Ambiente, publi...((Revista Beef World Online/SP – 20/09/2016))


Os produtores rurais poderão fazer a queima controlada para a proliferação de moscas-dos-estábulos. A Resolução Conjunta entre as Secretarias de Agricultura e Abastecimento e a do Meio Ambiente, publicada no Diário Oficial do Estado no dia 17 de setembro de 2016, prevê a utilização da queima localizada, em caráter excepcional e emergencial, para eliminar materiais orgânicos em decomposição, propícios para a proliferação do inseto. A Resolução foi assinada pelo titular da Pasta agrícola, Arnaldo Jardim, durante a reunião técnica com recomendações sobre conservação do solo na cultura da cana e mosca-dos-estábulos, na Faculdades Integradas de Ourinhos (FIO), em Ourinhos, no dia 16 de setembro de 2016. Leia mais sobre o evento clicando aqui. Arnaldo Jardim ressaltou que a medida deverá ser usada em último caso, quando todas as medidas para o controle da praga tenham sido executadas e, mesmo assim, a infestação permaneça. “O governador Geraldo Alckmin nos orienta a fazer uma agricultura harmônica com o meio ambiente e demos um passo importante para o controle fitossanitário, pois o queremos aumentar a produtividade, sem se descuidar da natureza”, comentou. “O importante é conscientizar o produtor rural de que é preciso eliminar e evitar que os resíduos orgânicos deixados pela colheita da cana-de-açúcar sejam um criadouro do inseto que está afetando os rebanhos, principalmente bovinos, prejudicando a pecuária de corte e de leite”, complementou o secretário. A publicação é resultado dos trabalhos desenvolvidos pelo Grupo Técnico, organizado pela Secretaria de Agricultura, que estudou a razão da proliferação e os prejuízos causados pela mosca-dos-estábulos, propondo essa medida fitossanitária. O responsável pela Assessoria Técnica da Pasta agrícola, José Luiz Fontes explicou que a ideia é impedir que a vinhaça misturada com a palha deixada no campo, “pois acabam sendo um ambiente ideal para a proliferação dos insetos, que em algumas regiões chegam a atacar até as pessoas”, afirmou. Uma das medidas é evitar a aplicação de vinhaça em locais encharcados pela chuva, prevenindo o empoçamento, ou fracionar a lâmina de aplicação de vinhaça, evitando o excesso de umidade na palhada. De acordo com a publicação, o produtor rural, donos de usinas ou responsável pelas áreas que apresentem condições favoráveis para proliferação da mosca-dos-estábulos deverá solicitar um laudo técnico à Secretaria de Agricultura, que analisará a necessário de utilização da prática. Os técnicos da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) terão dez dias, a partir da data do recebimento da solicitação para analisar se a área é indicada para a queima, se foram adotadas medidas alternativas para o controle e se o inseto está causando danos à pecuária local ou à população. A autorização para a realização da queima fitossanitária será emitida pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), da Pasta do Meio Ambiente, com base no laudo técnico da Secretaria de Agricultura. Desde 2007, quando foi firmado o Protocolo Agroambiental do setor sucroenergético, a colheita manual da cana-de-açúcar vem sendo substituída pela mecanizada no Estado de São Paulo. O protocolo foi firmado em defesa do meio ambiente, já que a queima da palha da cana-de-açúcar é uma das grandes responsáveis pela emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. O protocolo antecipou os prazos legais paulistas para a eliminação da prática da queima, de 2021 para 2014 nas áreas onde é possível realizar a colheita mecanizada e de 2031 para 2017 nas áreas para as quais não existe a tecnologia adequada para a mecanização. (Revista Beef World Online/SP – 20/09/2016) ((Revista Beef World Online/SP – 20/09/2016))

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Dicas para ter pasto verde e farto na entrada do verão

Pesquisadora da Embrapa Gado de Corte ressalta importância do manejo dos animais e adubação para ter sucesso no período das águas “Com a volta do período das águas, a pastagem começa a crescer e o ...((Revista DBO Online/SP – 20/09/2016))


Pesquisadora da Embrapa Gado de Corte ressalta importância do manejo dos animais e adubação para ter sucesso no período das águas “Com a volta do período das águas, a pastagem começa a crescer e o pecuarista não deve ficar animado além da conta”, alerta a pesquisadora da Embrapa Gado de Corte, Valéria Pacheco. De acordo com ela, além de cuidar do manejo para não sobrecarregar a forrageira, é nessa hora que ele precisa parar e olhar sem pressa as necessidades do solo. Abaixo, confira dicas para fazer bom uso da pastagem na transição do período seco para o chuvoso: Ajuste a carga de pastejo - Quando vê o capim crescer e ficar verde, a tendência do pecuarista é querer aumentar a lotação no pasto. Diante desse impulso, Valéria recomenda que o produtor repense seu manejo: “O que ele precisa é ir aumentando a carga aos poucos, para atingir o pico no verão. Caso contrário, pode promover a degradação da pastagem”, afirma. No caso das braquiárias, seja Piatã, Paiaguás, Xaraés ou Marandu, ela recomenda trabalhar com a altura do capim em torno de 30 centímetros. “Porque, agora, você vai encontrar as pastagens a uma média de 20. Mas dá para colocar ali uma cabeça por hectare. E daqui um mês, quando a altura já estiver mais próxima do ideal, aumentar para duas”, diz. Com isso, a planta ganha tempo para se restabelecer e os animais podem atingir um ganho de peso melhor. Valéria explica que à altura de até 15 centímetros a braquiária não morre, o que não quer dizer que não venha prejuízo pela frente. “Se você baixa muito a planta, ela fica sem folhas e não faz fotossíntese. Então, passa a lançar mão dos seus carboidratos de reserva. Supondo que o produtor insista nesse manejo de setembro até novembro, ela vai consumir todo o carboidrato e, aí sim, morre”. Em pastejos rotacionados, de Tanzânia, Valéria indica que o resíduo esteja à altura de 35 centímetros para aguentar bem uma carga maior, o que não impede que com 25 centímetros o produtor comece a trabalhar com menos cabeças no pasto. Já para o Mombaça, ela afirma que o ideal são 45 centímetros, sendo viável, em situações de carência de pasto, manejá-lo à altura média de 35 centímetros, sem que isso cause prejuízos à planta. Verifique os níveis de NPK do solo - Por meio de uma análise de solo, Valéria lembra ainda que é importante equilibrar os principais nutrientes para manter a qualidade do capim. “No Cerrado, temos muito problema com fósforo, então, é comum o produtor precisar fazer uma adubação fosfatada, o que depende também de quantos animais ele tinha no ano anterior”. Segundo ela, como o fósforo não é volátil, como o nitrogênio, torna-se desnecessário esperar as chuvas para fazer a aplicação. “Ele se incorpora ao solo, então é possível fazer um pouco antes”, afirma a pesquisadora. Já para o nitrogênio, no Cerrado, as aplicações devem começar em meados de abril. “O nitrogênio é essencial e vai dar força para o capim crescer. Hoje, o mínimo indicado é usar 50 kg/ha”, diz Valéria. Previna o aparecimento de pragas - Um dos maiores problemas da pecuária nacional, as cigarrinhas-das-pastagens começam a surgir assim que começam as chuvas. Para evitar sua proliferação, Valéria recomenda que o produtor não deixe acumular muita forragem no solo. “Essa é a medida mais imediata além de usar forrageiras resistentes, porque o controle químico, além de ser caro, gera um problema ambiental”, diz. “De forma geral, a ideia é que nesse período de transição o produtor use o bom senso. Leve os animais para um pasto que está melhor, e deixe descansar aquelas áreas que mais precisam”, completa a pesquisadora. (Revista DBO Online/SP – 20/09/2016) ((Revista DBO Online/SP – 20/09/2016))

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FERTILIZAÇÃO IN VITRO PODE ACELERAR MELHORAMENTO GENÉTICO DE REBANHOS LEITEIROS

Com o uso da técnica de fertilização in vitro (FIV) na reprodução de bovinos leiteiros, o caminho da seleção e do melhoramento genético pode ser encurtado em pelo menos três gerações ou cerca de 10 an...((Portal Agrosoft/MG – 21/09/2016))


Com o uso da técnica de fertilização in vitro (FIV) na reprodução de bovinos leiteiros, o caminho da seleção e do melhoramento genético pode ser encurtado em pelo menos três gerações ou cerca de 10 anos de seleção, permitindo rápidos saltos na produção e na qualidade do leite. Pesquisadores da Embrapa Cerrados (DF) trabalham no aperfeiçoamento da técnica para mostrar que o procedimento é o investimento mais assertivo para que os produtores melhorem o padrão genético dos rebanhos. Apesar de um pouco mais cara que a inseminação artificial por tempo fixo (IATF), a FIV pode contribuir para o aumento da produtividade em bacias leiteiras como a do Distrito Federal e dos municípios vizinhos. Considerando hipoteticamente um rebanho de produção média de 4.000 kg de leite/lactação, se fosse utilizada a inseminação artificial com sêmen de um touro que adicione 500kg de leite/lactação em sua filhas, seria necessário aproximadamente 30 anos para se obter um fêmea com produção de 9.000 kg de leite/lactação. Com a FIV, utilizando uma fêmea superior (9.000kg/lactação) de outro rebanho e o sêmen sexado do touro do exemplo acima, já na primeira geração (três anos) seria possível obter uma fêmea com produção média de 9.500kg/lactação. A produção de leite da primeira lactação desta fêmea já pagaria com tranquilidade o investimento com a compra de genética, por meio de prenhezes de FIV. Martins explica que muitos criadores não incorporam genética de qualidade aos rebanhos por falta de conhecimento. Mas, segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, a FIV está cada dia mais acessível, sendo realizada por um crescente número de laboratórios. Dados da International Embryo Transfer Society (IETS) apontam que o Brasil é líder mundial na produção de embriões bovinos por FIV. Em 2013, ano do último relatório publicado pelo IETS, o País produziu mais de 366 mil embriões bovinos pela técnica, ou 70,8% do total mundial. “Talvez os criadores não saibam que podem comprar um processo de tecnologia ou genética por um preço mais baixo que há alguns anos. É possível financiar a aquisição de prenhezes de animais extremamente produtivos e premiados e obter retorno imediato, já que as mães e os pais são provados (avaliados em provas de genética) e a chance de as filhas serem grandes produtoras de leite é bastante elevada”, explica o pesquisador Carlos Frederico Martins, da Embrapa Cerrados. No DF, a maioria dos produtores de leite é de pequeno e médio porte, sendo que 80% das propriedades têm área de até 20 hectares. Segundo especialistas, o fraco desempenho produtivo na região tem estreita ligação com a qualidade genética dos rebanhos, predominantemente mestiços das raças Gir e Holandês e sem registro de genealogia. “A monta natural ainda é muito utilizada, principalmente por pequenos produtores. Isso atrasa a seleção genética, pois os cruzamentos são feitos sempre com os mesmos touros, e esses animais normalmente não são provados”, aponta. Resultados no campo Produtor e selecionador de Gir Leiteiro em Planaltina (DF) há mais de 30 anos, Paulo Horta começou a contar com a tecnologia ainda no início da década de 1990. Ele destaca que a FIV permite ganho de tempo e de velocidade na seleção genética. “Tenho uma vaca top, de alta lactação, que rendeu 12 prenhezes em uma aspiração folicular. Podemos multiplicar rapidamente uma cabeceira de rebanho”, diz Horta, que também utiliza sêmen de touros provados em programas de avaliação como os da Embrapa. Para o produtor, o avanço genético permitido pela técnica é significativo, uma vez que o potencial do animal já se traduz em aumento de produção logo na primeira geração, e o investimento já é pago. “A FIV e a transferência de embriões mudaram tremendamente o Gir Leiteiro nos aspectos de venda e genética”. Horta é usuário de tecnologias reprodutivas desde que iniciou na atividade — o primeiro animal Gir Leiteiro da propriedade nasceu de inseminação artificial em outubro de 1983. “Sou pequeno produtor, comecei do zero. Então, tenho que ganhar em tecnologia e me cercar de bons profissionais”, afirma, destacando o apoio técnico da Emater-DF e da Embrapa. Marcelo Toledo, superintendente técnico da Associação de Criadores de Zebu do Planalto (ACZP), filiada à Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), diz que ainda faltam políticas públicas para facilitar o acesso dos pequenos produtores à técnica. “Com o aumento da concorrência entre laboratórios, o custo da FIV tem diminuído, ficando cada vez mais acessível. Antes, você não conseguia uma prenhez por menos de R$ 800, e hoje há empresas oferecendo por R$ 400. A logística no DF é favorável e existem linhas de crédito, mas é preciso haver um trabalho direcionado para essa tecnologia”, afirma. A técnica e suas vantagens Na FIV, oócitos (células sexuais femininas) aspirados dos folículos ovarianos de uma vaca são fecundados, em laboratório, por espermatozoides contidos no sêmen de um touro. Os embriões originados desse processo são transferidos a uma fêmea receptora, que deve ser preferencialmente novilha ou vaca de primeira cria. Por essa técnica, uma fêmea pode produzir, em média, 10 embriões, considerando-se a taxa de 50% de sucesso na fecundação. Isso permite a triagem dos animais de forma mais rápida que na IATF, técnica que gera apenas um embrião por inseminação. A cada 15 dias, uma nova aspiração folicular pode ser feita, obtendo-se assim mais prenhezes. Como o sêmen de vários touros pode ser usado, a técnica permite variabilidade genética. “Mesmo se a vaca doadora ficar prenha, é possível fazer aspirações durante os cinco primeiros meses de gestação. Com oito aspirações em apenas quatro meses, por exemplo, obtém-se cerca de 80 embriões e 32 a 40 prenhezes, contra apenas uma prenhez para cada IATF, que vai imobilizar a fêmea por quase um ano”, explica Martins. Segundo o pesquisador, para quem seleciona genética, o uso da FIV permite um salto de três gerações em comparação à monta natural e à IATF: “É o tempo de o animal crescer e ter a primeira lactação. Para quem está formando o rebanho, a técnica é ainda mais indicada, porque você vai direto ao que há de melhor em genética, juntando a melhor fêmea provada com o melhor touro e produzindo embriões em escala”. Outra vantagem é a maior eficiência na utilização do sêmen sexado para fêmea, ferramenta muito importante para a pecuária de leite, pois proporciona cerca de 90% de chances de nascimento de animais do sexo feminino. “Você dirige o melhoramento. Com o sêmen não sexado, a chance de nascer fêmeas é de apenas 50%. Já com o sêmen sexado, aumenta a chance de o produtor obter mais fêmeas extremamente melhoradas na propriedade sem a necessidade de descartar ou vender os machos”, ressalta. Custo que compensa Apesar de mais elevado que o da IATF, o custo da FIV com sêmen sexado de um touro de elevado valor genético é inferior ao de um animal arrematado em leilão — e que pode não ter sido avaliado em provas de genética, o que não garante a certeza de filhas produtivas. Martins explica que por R$ 2 mil, o criador pode adquirir uma prenhez de elevado valor genético, produzido com espermatozoide de um touro bem ranqueado em teste de progênie e com oócito de vaca provada. Mas ele não consegue comprar bons animais num leilão por esse preço. “É, portanto, um investimento com retorno rápido e assertivo, com quase 100% de chance de inserção de uma boa genética no rebanho”, garante. “A partir do momento em que essa genética de qualidade é instituída na propriedade, o ganho é imediato. A produção pode duplicar ou triplicar com essa ação”, completa Marcelo Toledo, da ACZP. A IATF é um procedimento mais simples que a FIV e até mais barato que a própria monta natural, por eliminar a necessidade de manter touros na propriedade. O produtor pode comprar doses de sêmen de diferentes touros provados, ganhando em variabilidade genética. A desvantagem é que não há garantia de alta eficiência de prenhez quando se utiliza sêmen sexado na técnica. Caso o criador utilize na IATF sêmen sexado de um touro provado de boa qualidade, deve desembolsar cerca de R$ 120 por dose, sendo que cada dose é inseminada em apenas uma fêmea. Martins ressalta: “A IATF não garante um rebanho com genética melhorada em curto tempo. Haverá prenhez de animais certamente superiores, mas será no máximo uma para cada inseminação. E o produtor ainda corre o risco de perder uma dose de sêmen num valor mais elevado na inseminação (que não resultar em prenhez)”. Já na FIV, a dose de sêmen sexado é maximizada, garantindo economia com o material genético do macho. Produtor e selecionador das raças Gir Leiteiro e Girolando em Paracatu (MG), a 230 km de Brasília, Rodrigo Borges passou a utilizar a técnica em 2009. Ele estima que pelo menos 60% dos animais criados e comercializados pela propriedade desde então sejam oriundos da FIV. “Além de multiplicar animais identificados como superiores, o custo do sêmen sexado é diluído no maior número de prenhezes, já que uma dose pode ser usada em até 200 oócitos e gerar vários embriões ao mesmo tempo”, diz. Outra vantagem, segundo Borges, é que a técnica dispensa o uso de hormônios nas vacas doadoras. “Nunca tive problemas de perda de vacas ou de fertilidade dos animais por causa da FIV”, completa. Além de comercializar prenhezes de Gir Leiteiro e de Girolando para diversas regiões do País, ele tem feito parcerias com pequenos produtores de Paracatu, Luziânia (GO) e Cristalina (GO) para compartilhar genética Girolando meio sangue. As fêmeas selecionadas do produtor são aspiradas e os oócitos fertilizados em laboratório. Os embriões resultantes são inseridos em vacas dos produtores parceiros. “A produção é dividida de acordo com o que cada um paga ao laboratório. É uma relação ganha-ganha, já que aumentamos o número de receptoras e os parceiros têm acesso mais facilitado à FIV”, garante. Carlos Frederico Martins salienta que o produtor que ainda não conta com animais de valor genético na fazenda não deve utilizar a FIV com o material genético do próprio rebanho, pois nesse caso a técnica não trará benefícios. Ele recomenda que o produtor primeiro identifique o material genético de um animal diferenciado no mercado, com características desejáveis, para depois iniciar o processo na propriedade. Benefícios para a cadeia produtiva No Centro de Tecnologias em Raças Zebuínas Leiteiras (CTZL) da Embrapa Cerrados, os trabalhos de pesquisa buscam a validação de animais de genética superior nas raças Gir, Sindi e Girolando, além de acelerar a multiplicação de animais de alta produção de leite por meio das técnicas de reprodução, entre elas a FIV. A estratégia do CTZL é formar um rebanho forte de Zebu, com Gir, Sindi e Guzerá, que servirá de base para a formação de rebanhos mestiços, utilizando o melhor touro de uma raça com a melhor vaca de outra e vice-versa. “A ideia é testar diferentes formas de se fazer mestiços. Queremos fazer o Sindolando, animal um pouco maior, rústico e voltado à maior produção de leite, o Sinjersey, que é um animal menor, com leite rico em sólidos e com maior produção, além de um rebanho Girolando de alta produção em escala”, projeta Martins. (Portal Agrosoft/MG – 21/09/2016) ((Portal Agrosoft/MG – 21/09/2016))

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Orizona realiza evento para fomentar cadeia produtiva do leite

A Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) participou da 7ª edição da Festa do Leite, realizada no município de Orizona na semana passada. O evento tem co...((Portal Goiás Agora/GO – 21/09/2016))


A Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) participou da 7ª edição da Festa do Leite, realizada no município de Orizona na semana passada. O evento tem como objetivo fomentar a cadeia produtiva do leite e repassar informações importantes para o desenvolvimento da atividade. São realizadas competições, atividades integradas e palestras. Orizona se destaca na produção leiteira. Segundo o diretor da Emater, Antelmo Teixeira Alves, a pecuária é uma atividade que engloba um trabalho conjunto de todos os membros familiares e, por tal motivo, tem estimulado cada vez mais a sucessão familiar”. O diretor enfatizou também que a Emater é uma das entidades históricas que fomentaram o desenvolvimento da cadeia leiteira na região. “Há cerca de 30 anos planejamos ações conjuntas que consolidaram a atividade. Entre elas atuamos no repasse de novas tecnologias e informações sobre gestão da propriedade, alimentação e genética animal aos produtores da região”, contou Antelmo. Torneio A 7ª Festa do Leite contou com uma competição acirrada. Durante os dias de realização do evento, de 12 a 17 de setembro, os produtores levaram os animais selecionados para concorrer à premiação de maior produção leiteira. O vencedor do primeiro lugar, Claudio Vaz de Paiva, conquistou R$ 5 mil, com uma produção de 73kg/dia. Segundo o produtor rural de Orizona, é a primeira vez que conquista a primeira colocação nessa competição. Ainda de acordo com Claudio Vaz, o evento foi visto como positivo por colegas que também estiveram presentes nas comemorações. “Foi um momento de integração entre os produtores da região, visto que pessoas de outros municípios também estiveram presente”, abordou o produtor rural. Produtor há 30 anos, Claudio Vaz conta que a produção de leite é rentável, porém exige esforço dobrado. “Existem ainda hoje muitas dúvidas que permeiam a produção de leite. Acredito que ações como essas que estão sendo desenvolvidas pela Emater e parceiros são cruciais para esclarecer um pouco mais o produtor rural”, destacou o pecuarista. Inovação Durante as exposições, uma nova tecnologia despertou a atenção do produtor rural, Claudio Vaz. Ele se interessou pela técnica de confinamento que envolve uma galpão refrigerado para os animais. “É uma solução viável para reduzir o stress do animal”, refletiu. Ainda de acordo com o produtor, um dos grandes gargalos enfrentados por produtores de leite é a irritabilidade do gado que afeta drasticamente sua produção. Além do produtor de leite em Orizona Cláudio Vaz, conquistaram a premiação em dinheiro os produtores Ronaldo Damásio, em segundo lugar com 70 kg de leite, e Oleno Marchal, ocupando a terceira colocação com uma produção de 68 kg por dia. Como regra, a competição agraciava os proprietários dos gados que fornecessem maior quantidade de leite por dia. Gastronomia Segundo o responsável pela Emater em Orizona, José Pereira de Lima, além de fomentar a produção leiteira, o evento teve como objetivo valorizar o produtor rural. “Na festa tivemos também o concurso de melhor receita do campo. Nessa competição, o objetivo foi premiar o prato que utilizasse maior número de produtos oriundos da propriedade, como leite, ovos e outros materiais”, contou o coordenador. Parceria O evento apoiado pela Emater e pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), foi realizado pelo Sindicato Rural de Orizona, com também apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás), Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Prefeitura Municipal, Organizações Rurais e expositores de insumos e máquinas. (Portal Goiás Agora/GO – 21/09/2016) ((Portal Goiás Agora/GO – 21/09/2016))

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FIV acelera melhoramento do gado leiteiro

Técnica permite ganho de tempo de pelo menos três gerações em comparação à monta natural e IATF Com o uso da técnica de fertilização in vitro (FIV) na reprodução de bovinos leiteiros, o caminho da sel...((Revista DBO Online/SP – 20/09/2016))


Técnica permite ganho de tempo de pelo menos três gerações em comparação à monta natural e IATF Com o uso da técnica de fertilização in vitro (FIV) na reprodução de bovinos leiteiros, o caminho da seleção e do melhoramento genético pode ser encurtado em pelo menos três gerações ou cerca de 10 anos de seleção, permitindo rápidos saltos na produção e na qualidade do leite. Pesquisadores da Embrapa Cerrados, DF, trabalham no aperfeiçoamento da técnica para mostrar que o procedimento é o investimento mais assertivo para que os produtores melhorem o padrão genético dos rebanhos. Apesar de um pouco mais cara que a inseminação artificial por tempo fixo (IATF), a FIV pode contribuir para o aumento da produtividade em bacias leiteiras. Exemplo prático - Considerando hipoteticamente um rebanho de produção média de 4.000 kg de leite/lactação, se fosse utilizada a inseminação artificial com sêmen de um touro que adicione 500kg de leite/lactação em sua filhas, seria necessário aproximadamente 30 anos para se obter um fêmea com produção de 9.000 kg de leite/lactação. Com a FIV, utilizando uma fêmea superior (9.000kg/lactação) de outro rebanho e o sêmen sexado do touro do exemplo acima, já na primeira geração (três anos) seria possível obter uma fêmea com produção média de 9.500kg/lactação. A produção de leite da primeira lactação desta fêmea já pagaria com tranquilidade o investimento com a compra de genética, por meio de prenhezes de FIV. Martins explica que muitos criadores não incorporam genética de qualidade aos rebanhos por falta de conhecimento, embora a FIV esteja cada dia mais acessível, sendo realizada por um crescente número de laboratórios. Dados da International Embryo Transfer Society (IETS) apontam que o Brasil é líder mundial na produção de embriões bovinos por FIV. Em 2013, ano do último relatório publicado pelo IETS, o País produziu mais de 366 mil embriões bovinos pela técnica, ou 70,8% do total mundial. "Talvez os criadores não saibam que podem comprar um processo de tecnologia ou genética por um preço mais baixo que há alguns anos. É possível financiar a aquisição de prenhezes de animais extremamente produtivos e premiados e obter retorno imediato, já que as mães e os pais são provados (avaliados em provas de genética) e a chance de as filhas serem grandes produtoras de leite é bastante elevada", diz o pesquisador Carlos Frederico Martins, da Embrapa Cerrados. No DF, a maioria dos produtores de leite é de pequeno e médio porte, sendo que 80% das propriedades têm área de até 20 hectares. Segundo especialistas, o fraco desempenho produtivo na região tem estreita ligação com a qualidade genética dos rebanhos, predominantemente mestiços das raças Gir e Holandês e sem registro de genealogia. "A monta natural ainda é muito utilizada, principalmente por pequenos produtores. Isso atrasa a seleção genética, pois os cruzamentos são feitos sempre com os mesmos touros, e esses animais normalmente não são provados", aponta. Resultados no campo - Produtor e selecionador de Gir Leiteiro em Planaltina (DF) há mais de 30 anos, Paulo Horta começou a contar com a tecnologia ainda no início da década de 1990. "Tenho uma vaca top, de alta lactação, que rendeu 12 prenhezes em uma aspiração folicular. Podemos multiplicar rapidamente uma cabeceira de rebanho", diz. Horta também utiliza sêmen de touros provados em programas de avaliação como os da Embrapa. Para o produtor, o avanço genético permitido pela técnica é significativo, uma vez que o potencial do animal já se traduz em aumento de produção logo na primeira geração, e o investimento já é pago. O primeiro animal Gir Leiteiro da propriedade nasceu de inseminação artificial em outubro de 1983. "Sou pequeno produtor, comecei do zero. Então, tenho que ganhar em tecnologia e me cercar de bons profissionais", afirma, destacando o apoio técnico da Emater-DF e da Embrapa. Mais informações sobre a técnica e seus custos podem ser obtidas no site da Embrapa. (Revista DBO Online/SP – 20/09/2016) ((Revista DBO Online/SP – 20/09/2016))

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Composição do Leite: como utilizar a nutrição a favor de seu rebanho

Quando falamos em leite, lembramos no mais antigo e rico alimento utilizado pelo homem. Ao nascer, utilizamos como fonte de alimento, nos primeiros meses de vida, o leite materno. No entanto, com o pa...((Jornal O Presente Rural Online/PR – 20/09/2016))


Quando falamos em leite, lembramos no mais antigo e rico alimento utilizado pelo homem. Ao nascer, utilizamos como fonte de alimento, nos primeiros meses de vida, o leite materno. No entanto, com o passar dos anos, com o crescimento da demanda de alimentos no mundo, o homem passou a utilizar outras fontes para suprir a demanda de alguns nutrientes para seu melhor desenvolvimento. Dentre os animais domésticos, os bovinos são os principais fornecedores dessa matéria-prima tão apreciada e utilizada na indústria alimentícia. Contudo, para que o alimento leite tenha seu devido valor, devemos avaliar tanto a sua composição nutricional (proteína, gordura, minerais) quanto a sua composição sanitária (contagem de células somáticas-CCS, contagem bacteriana total-CBT, presença de água ou outros compostos químicos adicionados propositalmente), pois, essa composição poderá interferir no rendimento dos produtos lácteos nas indústrias. Focaremos na composição nutricional, sendo que o manejo nutricional influi diretamente na maior ou menor composição de nutrientes no leite produzido pela vaca. A composição média do leite bovino encontra-se no quadro abaixo: Nutrientes - % Água - 87,6 Sólidos Totais - 12,4 Gordura - 3,5 Proteína - 3,1 Lactose - 5,2 Minerais - 0,6 É de conhecimento geral que a indústria láctea nacional vem gradativamente aumentando a qualidade do leite adquirido, pagando aos produtores não somente pelo volume, mas também pela composição do produto. Sendo assim, é de suma importância econômica para a atividade, que o produtor não seja penalizado, quando for receber pelo leite produzido, ou seja, fornecer leite com níveis de sólidos, abaixo do mínimo permitido. Mas onde a nutrição poderia ajudar? Sabemos que o leite produzido é função da dieta ofertada aos animais e sua digestão por todo o trato gastrointestinal do mesmo. Sabemos também que essa produção só será potencializada após os nutrientes ofertados ao animal serem utilizados para a mantença e que somente após a exigência de mantença do animal for suprida é que o excedente de nutrientes passará a ser utilizado para a produção de leite. Portanto, o primeiro passo para potencializar a produção e qualidade do leite é o fornecimento de alimento (matéria seca), em quantidade e qualidade compatíveis com a produção e composição esperada. O segundo passo é entender que os alimentos deverão atender as demandas da vaca propriamente dita e dos microrganismos presentes no rúmen, pois a composição do leite depende desses dois indivíduos. Em dietas baseadas em forragens, grãos, farelos, vitaminas e minerais, deve-se ter em mente que cada um desses ingredientes terá sua digestão e absorção realizada no rúmen (fermentação microbiana) e seus compostos e/ou parte desses alimentos terão a digestão no abomaso (estômago verdadeiro) para depois serem absorvidos nos intestinos. As forragens, quando fermentadas pelas bactérias no rúmen, resultarão em ácidos graxos voláteis, sendo o principal resultante, o ácido acético e, em menor quantidade, o ácido butírico. Por sua vez, grãos ricos em amido resultarão em ácido propiônico. Por outro lado, farelos proteicos e/ou uréia, serão as fontes de nitrogênio e aminoácidos para o crescimento dessas bactérias, que por sua vez, servirão de fontes de proteína ao animal hospedeiro. Para que se obtenha a gordura no leite, o organismo animal se utiliza principalmente de 50% do ácido acético resultante da fermentação das fibras e 50% dos lipídeos oriundos da dieta ou lipídeos circulantes na corrente sanguínea. Portanto, para potencializar a produção de gordura no leite devemos lançar mão de alguns cuidados nutricionais e de manejo, para que, essa fermentação da fibra, não fique prejudicada, podendo assim, ocasionar queda nos níveis de gordura no leite. Dentre os manejos, podemos citar: • Baixo teor de fibra efetiva (FDNef) na dieta total e alto teor de carboidratos não fibrosos; • Dietas muito úmidas (>50% de umidade); • Fornecer mais do que 3 kg de concentrado por trato para os animais; • Fornecimento de gordura poli-insaturada acima do recomendado; • Animais sob estresse térmico; Todos esses fatores podem deprimir o teor de gordura no leite, seja porque causam acidose e o animal não consegue o equilíbrio ruminal desejado para a máxima fermentação e crescimento microbiano, ou porque algumas reações de biohidrogenação de gorduras poli-insaturadas produzem metabólitos que inibem a síntese de gordura na glândula mamária. Dessa forma, se quisermos aumentar o teor de gordura no leite, basta respeitarmos esses fatores supracitados, balanceando fibras e carboidratos não fibrosos, dietas com umidade adequada, dividir em maior número de vezes o trato ofertado aos animais, respeitar os limites de gordura adicionada na dieta (especialmente as de origem dos grãos de soja e algodão) e principalmente, dar conforto térmico (sombra, ventilação e aspersão) aos animais. Quando falamos em teor de proteína no leite, devemos saber que é o constituinte com menor modificação pela dieta. Mudanças muito significativas, dependendo do mercado, deverão lançar mão de material genético, pois há raças que produzem maiores teores de proteína no leite do que outras. No entanto, podem ser potencializados pela nutrição. A proteína do leite dentre os alimentos consumidos pelo homem é a que apresenta um dos melhores perfis de aminoácidos. Portanto, para que se aumente o teor de proteína basta melhorarmos o aporte e relação de aminoácidos nas dietas ofertadas. As principais fontes de aminoácidos – e as que mais se comparam com o perfil aminoacítico do leite – são as bactérias ruminais. Dessa forma, tudo o que for feito para potencializar o máximo crescimento microbiano ruminal tende a melhorar os níveis de proteína no leite. Outra forma é o fornecimento de aminoácidos específicos, protegidos da degradação ruminal, que complementarão os aminoácidos fornecidos pelas bactérias. Dentre esses aminoácidos protegidos podemos citar a metionina e a lisina. Para que haja um melhor crescimento e melhor aporte de proteína microbiana ruminal, podemos controlar o pH, evitando acidose, que prejudica o crescimento dessas bactérias; processar a fonte de amido, para que o mesmo se torne mais eficiente como fonte de energia para essas bactérias; quantidade e qualidade da fibra da forragem ofertada também impacta no crescimento dessas bactérias. Quando o desafio nutricional é alto, ou seja, animais de alta produção com alimentos de média a baixa qualidade, podemos lançar mão de aditivos que promovem um maior crescimento de microrganismos benéficos no rúmen. Dessa forma, haverá maior digestão fibrosa (aumentando o teor de gordura) e, consequentemente, maior aporte de aminoácidos oriundos dos próprios microrganismos. Dentre os aditivos podemos citar os tamponantes e os compostos de probióticos, óleos essenciais e funcionais que deprimem as bactérias metanogênicas (melhorando a produção leiteira) e aumentam as celulolíticas que produzirão mais ácido acético (melhorando os níveis de sólidos). Finalizando, se cuidarmos do rúmen para que o mesmo trabalhe com a máxima eficiência, levando em consideração os alimentos disponíveis na região, com certeza a qualidade do produto final, neste caso o leite, será recompensada! Sem falar que podemos enriquecer o produto final naturalmente com DHA, CLA, selênio, dentre outros compostos que melhoram a qualidade de vida da população, com a zootecnia trabalhando a favor da produção. Mas isso é assunto para outro artigo. (Jornal O Presente Rural Online/PR – 20/09/2016) ((Jornal O Presente Rural Online/PR – 20/09/2016))

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